“Museu de Cera” (18 de fevereiro de 1956)

Estivemos no “Museu de Cera”, instalado na Avenida Sampaio Vidal, onde funcionava o Banco Brasileiro de Descontos. Fomos apreciar o espetáculo, mais um dever profissional do que propriamente como expectadores.

E gostamos do que vimos, referente à ciência e arte. Um trabalho perfeito de 80 figuras executadas em cera, apresentando uma lição digna de elogios, em tôda a sua realidade. Não existe ali, apesar da impressão que possa causar à primeira vista ao apreciador menos avisado, o sentido propriamente dito daquilo que se chama “impróprio”. O s trabalhos são um conjunto étnico de ciência e arte, executados por cientistas e artistas alemães e mostram uma excelente aula anatômica, prevenindo ainda alguns perigos decorrentes de moléstias e de fenômenos anormais da própria natividade.

Deve ser visto por aquêles que se interessam um pouco pelas coisas úteis, sôbre o ângulo da seriedade. Trata-se, realmente, de um serviço cientifico, elevado.

Não resta dúvida de que é um pouco dura a lição. Mas é uma lição de ciência, sem contestação. Todos os jovens deveriam ter, de vez em quando, oportunidades de presenciar aulas cientificas como a que oferece o “Museu de Cera”, para melhor saber interpretar uma série de coisas que muita gente vê por um lado falso e irreal.

No próximo dia 20, a empresa que óra exibe tal espetáculo em Marília, oferecerá mais uma apresentação destinada exclusivamente a senhoras e senhoritas, atendendo a inúmeros pedidos que tem recebido.

Tôdas as figuras, encerradas em urnas de vidro, dispõem de verdadeiras aulas explicativas de sua representação. É só o expectador dar-se ao trabalho de bem apreciá-las e compreendê-las.

Extraído do Correio de Marília de 18 de fevereiro de 1956

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