A Catástrofe de Santos (28 de março de 1956)
Pela segunda vez, em poucos dias, o Brasil foi abalado com as notícias procedentes de Santos, dando conta de que novos desabamentos de morros se verificaram naquela cidade das praias.
Pela segunda vez, repetiram-se os acontecimentos infaustos e dolorosos, em proporções maiores, ao que parece.
Dezenas de pessoas perderam a vida; centenas de outras ficaram sem lar. Está de luto a cidade de Santos e está de luto o Brasil. Inenarráveis são os quadros dantescos resultantes dêsse acontecimento doloroso e triste. A vassoura da desolação varreu o sentimento do povo, que procura solidarizar-se com a desdita de centenas de irmãos santistas. Cruel e inexorável destino o daquêles miseráveis que residem em casebres engastados em morros. Em sua maioria, gente humilde, gente pobre, gente trabalhadora e faminta. Gente anônima, que, com seu suor, vem ajudando a construir a grandeza da Pátria. Vidas ceifadas pela própria Natureza, que, num protesto mudo ante uma condição de vida indigna de tantos infelizes, destrói seus lares e aniquila famílias.
Chora o povo santista, neste momento, a dor pungente da destruição. Destruição de vidas, destruição de lares.
De todos os pontos do Brasil, surgem agora movimentos de solidariedade humana, no sentido de angariar-se fundos, para socorrer as vitimas dessa terrível catástrofe. Marília, por seu povo bom e generoso, não poderia de forma alguma, ficar indiferente a essas manifestações de solidariedade humana, princípio básico da origem cristã de seu povo. Assim é que os srs. Francisco Dias e José Carrijo Jr., idealizaram o movimento entre nós, no sentido de conseguir-se fundos, por doação espontânea do povo mariliense, destinado a amenizar um pouco a desdita e a desgraça de milhares de pessoas. Na Casa Dias e também na Rádio Dirceu, que esposou a causa, encontram-se listas de adesões, onde os marilienses poderão levar seus óbulos, suas contribuições para as vítimas dêsses desmoronamentos.
A campanha em apreço, é digna de méritos e digna também de ser correspondida pelos marilienses. Porque, antes de mais nada, é profundamente humana e cristã.
Extraído do Correio de Marília de 28 de março de 1956
Pela segunda vez, repetiram-se os acontecimentos infaustos e dolorosos, em proporções maiores, ao que parece.
Dezenas de pessoas perderam a vida; centenas de outras ficaram sem lar. Está de luto a cidade de Santos e está de luto o Brasil. Inenarráveis são os quadros dantescos resultantes dêsse acontecimento doloroso e triste. A vassoura da desolação varreu o sentimento do povo, que procura solidarizar-se com a desdita de centenas de irmãos santistas. Cruel e inexorável destino o daquêles miseráveis que residem em casebres engastados em morros. Em sua maioria, gente humilde, gente pobre, gente trabalhadora e faminta. Gente anônima, que, com seu suor, vem ajudando a construir a grandeza da Pátria. Vidas ceifadas pela própria Natureza, que, num protesto mudo ante uma condição de vida indigna de tantos infelizes, destrói seus lares e aniquila famílias.
Chora o povo santista, neste momento, a dor pungente da destruição. Destruição de vidas, destruição de lares.
De todos os pontos do Brasil, surgem agora movimentos de solidariedade humana, no sentido de angariar-se fundos, para socorrer as vitimas dessa terrível catástrofe. Marília, por seu povo bom e generoso, não poderia de forma alguma, ficar indiferente a essas manifestações de solidariedade humana, princípio básico da origem cristã de seu povo. Assim é que os srs. Francisco Dias e José Carrijo Jr., idealizaram o movimento entre nós, no sentido de conseguir-se fundos, por doação espontânea do povo mariliense, destinado a amenizar um pouco a desdita e a desgraça de milhares de pessoas. Na Casa Dias e também na Rádio Dirceu, que esposou a causa, encontram-se listas de adesões, onde os marilienses poderão levar seus óbulos, suas contribuições para as vítimas dêsses desmoronamentos.
A campanha em apreço, é digna de méritos e digna também de ser correspondida pelos marilienses. Porque, antes de mais nada, é profundamente humana e cristã.
Extraído do Correio de Marília de 28 de março de 1956
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