O Cine São Luiz (04 de maio de 1956)
Terá lugar hoje, a inauguração do Cine São Luiz, ocasião em que os cinemeiros marilienses terão o ensejo de conhecer as novas instalações da aludida casa de diversões.
Totalmente remodelado, elevada a altura do prédio, com tela panorâmica e poltronas estofadas, Marília terá agora, um cinema à altura de seu progresso.
Estivemos ôntem apreciando os melhoramentos introduzidos naquela casa de espetáculos. Nos convencemos que de fato, o sr. Emilio Peduti, na palavra do sr. Ezequiel Bambini, cumpriu uma parte de sua promessa aos marilienses: remodelou o Cine São Luiz, deixando-o equiparado com os melhores cinemas do interior. A outra parte da promessa, é a reforma do Cine Marília, que, provavelmente, logo se dará.
Mas, voltemos ao Cine São Luiz, que hoje será inaugurado em sua nova fase. À primeira vista, pareceu-nos que nada foi esquecido. A sala de espera que dá acesso aos balcões, foi ampliada, modificada. As instalações sanitárias melhoradas e também ampliadas. Um bebedouro foi introduzido no salão de espera que antecede a platéia. A pintura é agradável e bem trabalhada. A iluminação indireta, as poltronas colocadas de modo intercalado, com boa inclinação do sólo, de modo que os espectadores tenham a visão melhorada, uma vez que cada assistente se coloca não diretamente atrás do outro e sim entre os dois da frente.
Dois motivos distintos, nos chamaram a atenção, quando visitamos ôntem as instalações do Cine São Luiz, que hoje serão inauguradas: um nos agradou; outro não.
O que nos agradou muito e que realmente nos acarretou um certo júbilo foram os projetores, de origem brasileira e fabricados em São Paulo. U’a marca conceituada, que está até sendo exportada para a Argentina.
Do que não gostamos, foram as passadeiras de borracha nos corredores das poltronas, em substituição aos tapetes, conforme se esperava. Apesar das explicações com alguma lógica, do sr. Ezequiel Bambini, entendemos que aquelas passadeiras que ficam descoloridas com o tempo e que são barulhentas ao pisar, deveriam ceder lugar a tapetes ou passadeiras atapetadas.
Enfim, Marília terá agora um cinema moderno, à altura de suas exigências.
Cumprimentamos o sr. Peduti, na pessoa do sr. Ezequiel Bambini, gerente dos cinemas locais, por essa magnífica realização, fazemos-lhe um apêlo: consiga boas películas para o Cine São Luiz. Que não se verifiquem fatos como temos conhecimento, em outros cinemas do circuito, iguais ao São Luiz, onde o público por vezes reclama das exibições de filmes de terceira categoria, em cinemas dêsse estilo.
Extraído do Correio de Marília de 04 de maio de 1956
Totalmente remodelado, elevada a altura do prédio, com tela panorâmica e poltronas estofadas, Marília terá agora, um cinema à altura de seu progresso.
Estivemos ôntem apreciando os melhoramentos introduzidos naquela casa de espetáculos. Nos convencemos que de fato, o sr. Emilio Peduti, na palavra do sr. Ezequiel Bambini, cumpriu uma parte de sua promessa aos marilienses: remodelou o Cine São Luiz, deixando-o equiparado com os melhores cinemas do interior. A outra parte da promessa, é a reforma do Cine Marília, que, provavelmente, logo se dará.
Mas, voltemos ao Cine São Luiz, que hoje será inaugurado em sua nova fase. À primeira vista, pareceu-nos que nada foi esquecido. A sala de espera que dá acesso aos balcões, foi ampliada, modificada. As instalações sanitárias melhoradas e também ampliadas. Um bebedouro foi introduzido no salão de espera que antecede a platéia. A pintura é agradável e bem trabalhada. A iluminação indireta, as poltronas colocadas de modo intercalado, com boa inclinação do sólo, de modo que os espectadores tenham a visão melhorada, uma vez que cada assistente se coloca não diretamente atrás do outro e sim entre os dois da frente.
Dois motivos distintos, nos chamaram a atenção, quando visitamos ôntem as instalações do Cine São Luiz, que hoje serão inauguradas: um nos agradou; outro não.
O que nos agradou muito e que realmente nos acarretou um certo júbilo foram os projetores, de origem brasileira e fabricados em São Paulo. U’a marca conceituada, que está até sendo exportada para a Argentina.
Do que não gostamos, foram as passadeiras de borracha nos corredores das poltronas, em substituição aos tapetes, conforme se esperava. Apesar das explicações com alguma lógica, do sr. Ezequiel Bambini, entendemos que aquelas passadeiras que ficam descoloridas com o tempo e que são barulhentas ao pisar, deveriam ceder lugar a tapetes ou passadeiras atapetadas.
Enfim, Marília terá agora um cinema moderno, à altura de suas exigências.
Cumprimentamos o sr. Peduti, na pessoa do sr. Ezequiel Bambini, gerente dos cinemas locais, por essa magnífica realização, fazemos-lhe um apêlo: consiga boas películas para o Cine São Luiz. Que não se verifiquem fatos como temos conhecimento, em outros cinemas do circuito, iguais ao São Luiz, onde o público por vezes reclama das exibições de filmes de terceira categoria, em cinemas dêsse estilo.
Extraído do Correio de Marília de 04 de maio de 1956
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