O edifício do IAPB em Marília (27 de abril de 1957)

Oportuno e magnífico requerimento aprovou a Câmara Municipal de Marília, na última sessão ordinária, de autoria do vereador dr. Fernando Mauro, solicitando providências urgentes dos srs. Presidente e Diretor do Departamento de Inversões do IAPB, no sentido de que sejam iniciadas as obras da construção do “arranha-céu” projetado pelo citado Instituto, em terreno sito à Av. Santo Antônio.

Argumentou e justificou o requerimento referido, o vereador pedecista, com dois motivos distintos: um, a construção de um prédio na cidade de Franca, de 8 a 10 andares; outro, a já existência do terreno para tal fim, que já deu origem, inclusive, a concorrência pública.

De fato, as providências iniciais foram tomadas e é de estranhar-se que até agora nada mais do que as promessas pomposas tenham sido feitas. Na ocasião, divulgamos o fato com bastante alegria, pois não só o erguimento do prédio iria representar mais um marco de progresso urbanístico em nossa cidade, como, também, iria a referida construção beneficiar inúmeras famílias de bancários de nossa “urbe”.

Eis a integra do requerimento citado, aprovado pela edilidade mariliense na sessão de anteontem:

“Exmo. Sr. Presidente da Câmara Municipal de Marília.

“Requeiro, em regime de urgência, após ouvido o plenário, se oficie aos srs, Presidente e Diretor do Departamento de Inversões do Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Bancários, solicitando seja dado prosseguimento ao decantado edifício que seria construído em nossa cidade, no magnífico terreno adquirido para êsse fim, na Rua 9 de Julho, quase na esquina da Av. Santo Antônio e que, além de embelezar a cidade, viria beneficiar em muito a laboriosa classe dos bancários de Marília contribuintes do Instituto.

“O projeto de construção de há muito foi elaborado, chegando mesmo a ser posto em concorrência pública, não tendo sido iniciada, por motivos que ignoramos.

“É de se lembrar também que outras cidades, com menor número de estabelecimentos bancários que Marília, já contam com a benefeitoria que os bancários marilienses almejam com justa razão, e com as quais fazemos côro. Publique-se na imprensa local.

“Sala das Sessões, em 25 de Abril de 1957.

“ass. Dr. Fernando Mauro Pires Rocha”.

A solicitação da Câmara, através dêsse requerimento aprovado, deve ser engrossada também por outros pedidos, como, por exemplo, o órgão representativo da classe em nossa cidade, a Associação Comercial e a própria Prefeitura Municipal.

A notícia que publicou o fato da construção de igual edifício em Franca, dá ciência de que em outras cidades de grande expressão bancaria, serão construídos prédios de igual monta, pelo IAPB. Nessas condições, e, considerando ainda a já existência do terreno e a respectiva concorrência pública, fácil será a concretização dêsse melhoramento para os bancários de Marília.

Facil será, convenhamos, porque já existem alguns fatores favoráveis: terreno, interêsse e dinheiro. Havendo boa vontade, tudo estará em breve resolvido...

Extraído do Correio de Marília de 27 de abril de 1957

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