Três assuntos do momento (16 de abril de 1957)

Assistimos, como inúmeros outros marilienses, o filme sobre Marília, realizado no último dia 4 de Abril, ocasião em que nossa cidade comemorou mais um aniversário de sua emancipação político-municipal.

Esperavamos ver na realidade, uma película que demonstrasse aos olhos do público, principalmente do público de outras paragens, a grandeza de nossa cidade, o vulto de nossas realizações. Tal, no entanto, não aconteceu. O que vimos, efetivamente, foram alguns flagrante(s) aéreos da cidade, da chegada do general Juarez Távora, rápida vista da sessão especial da Câmara Municipal e fachadas de alguns estabelecimentos comerciais.

Achamos fraquíssimo o filme em apreço, já que esperavamos presenciar um autêntico documentário da vida mariliense, onde ficasse evidenciado o dinamismo de nossa cidade, seus pontos mais interessantes, suas realizações e sua grandeza, enfim. Temos a impressão de que os que conhecem Marília, ficarão “na mesma”, assistindo ao filme referido, que nem de leve traduziu o que dele esperavamos.

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Cogita o sr. Prefeito Municipal, um grande e útil empreendimento urbanístico para nossa cidade: a abertura da Av. Pedro de Toledo em direção à saída o município de Oriente. Tal realização, virá contribuir de maneira inequívoca para o crescimento de nossa “urbe”, prestando, por outro lado, inestimável colaboração ao descongestionamento do trânsito, uma vez que a Av. Castro Alves escôa o grande movimento da Rua São Luiz e da Av. Sampaio Vidal, recebendo, por outro lado, como única entrada, todo o trânsito procedente da Alta Paulista, desde a barranca do Paraná até nossa cidade.

Oxalá seja possível de fato, a concretização dessa extensão da Av. Pedro de Toledo, até a saída para Oriente, que além das vantagens enumeradas que representará para Marília, forçará naturalmente a expansão da cidade para o setor onde se verifica o maior parque industrial da Alta Paulista.

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Estamos ainda informados de que num terreno municipal, próximo ao aeroporto, à margem da rodovia que demanda à Lins, cogita-se a fundação do Horto Florestal de Marília.

A respeito, sabemos também que o cônsul Hélio Scarabôtolo está trabalhando junto ao govêrno Kubitschek, no sentido de conseguir, para tal fim, uma verba federal.

Assunto de suma importância, sem dúvida alguma. Necessidade marcante já exigida pelo progresso de nossa querida Marília, que terá assim, no futuro, um melhoramento dêsse jaez, onde se estudem e multipliquem espécimes frolestais (florestais).

Por outro lado, representará também um cartão de identidade comprovador das iniciativas e realizações da gente mariliense e em especial de nossas autoridades municipais.

Oportunamente, voltaremos com maiores detalhes sôbre êsse assunto.

Extraído do Correio de Marília de 16 de abril de 1957

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