Instituto “Adolfo Lutz” (17 de maio de 1957)

Se Marília não possui muitas coisas mais, destinadas ao seu progresso e seu espantoso desenvolvimento, não será porque não necessite de interêsse público, como não será também por falta de empenho de seu povo.

Repetidas vezes, temos dito através desta coluna, que a maior parte das realizações que hoje nos orgulhamos possuir e seus benefícios diretos ou indiretos desfrutar, são consequências do labor dos próprios marilienses, uma vez que o bafejo oficial tem sido pouco sentido entre nós.

O ânimo daquêles que pulsam por estas plagas, não arrefece, entretanto; dentre as várias lutas verdadeiramente titânicas que pudemos demonstrar, figura a contenda inegavelmente gloriosa que de há muito vinha sendo empreendido, para a criação oficial de uma Faculdade para a família estudantil mariliense e da região. Assim é que os marilienses, por todos os meios possíveis, sempre têm procurado dotar a cidade de tudo aquilo que seu dinamismo e a condição geral de sua gente exige em nossos tempos.

Se não temos conseguido muitas outras providências necessárias não só para Marília, como também para a própria região, não será jamais descuido ou negligência de um bom punhado de progresso da “urbe” e no conforto e felicidade do povo.

Outro exemplo acaba de será dado, quando, na última sessão da Câmara Municipal, o vereador Gumercindo Muniz Sampaio solicitou ao órgão competente, a instalação em nossa cidade, de uma secção do Instituto “Adolfo Lutz”, como já existe em Bauru e como acaba de ser criada em Botucatu.

Trata-se, sem dúvida, de um empreendimento digno de merecer as atenções de quem de direito, pois não só viria a servir Marília, como também tôda a grande e exuberante região da Alta Paulista.

Seguidamente necessitamos recorrer ao “Adolfo Lutz” da Capital, sem dúvida um dos mais completos institutos do gênero, para uma série de análises de interêsse público. Se criada e instalada a secção local dêsse órgão, teríamos meios práticos e rápidos para sanar essa lacuna, servindo, ao mesmo tempo, inúmeras outras cidades e, desafogando, simultaneamente, a avalanche de obrigações do organismo paulistano, um dos maiores e mais completos da própria América do Sul.

Que a solicitação do edil Muniz Sampaio não fique apenas no aguardo da apreciação do pedido. Que outras fôrças da cidade intercedam também, reforçando o pleiteado, uma vez que o assunto é de magna importância para nós e para a própria região da Alta Paulista.

Extraído do Correio de Marília de 17 de maio de 1957

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