Cinemas para Marília (8 de junho de 1957)

Soubemos existir interesse e um movimento algo vivo, por parte de um grupo de capitalistas locais, para construir-se em Marília um novo cinema, amplo, moderno e confortável, que nada fique a dever as melhores casas do gênero existentes nas Capitais e grandes centros.

Realmente, a notícia é bastante alviçareira para todos. A cidade está exigindo já, pelo seu desenvolvimento e pelo modernismo de seus dias, maiores ampliações nesse setor de diversões públicas. Os dois únicos cinemas que temos em Marília, indiscutivelmente, não são suficientes para atender as exigências do público local. Vimos isso ha pouco, por ocasião do I Festival de Cinemascope, levado a efeito no Cine S. Luiz. Vimos gente permanecer em filas durante uma ou mais horas e vimos muitas pessoas que não conseguiram presenciar as películas de predileção.

Além déssa idéia, que dizem ser viável e para breve, cumpre registrar tambem que o Sr. Emílio Pedutti, proprietário da Empresa Teatral Pedutti, prometeu construir novo cinema na vila São Miguel, um dos mais populosos bairros da cidade. A lembrança do cumprimento déssa promessa feita pelo vice-presidente da Associação Paulista de Municípios, partiu oficialmente da Câmara Municipal, através de requerimentos aprovados pela edilidade e subscritos pelos vereadores Sebastião Mônaco e Antonio Marissael de Campos.

Se efetivadas as duas iniciativas, teremos logo o número de quatro cinemas em Marília, número de quatro cinemas em Marília, número esse que se não for suficiente, pelo menos não será exagerado, conforme póssa parecer de chofre ao leitor menos avisado. Baurú conta com cinco casas de diversão de tal gênero e dizem algumas pessoas que “ainda ha lugar” para mais um.

Oxalá a notícia póssa tornar-se realidade, para gaudio dos cinemeiros habituais e para representar mais uma pedra no edifício de nosso vertiginoso progresso.

O grande cinema, por certo, demandará ainda inúmeros estudos, apesar de ter-se já uma idéia do provável local onde poderá o mesmo ser construido. Por outro lado, o cine “São Miguel”, que deverá ser construido pela Empresa Pedutti no bairro desse nome, exige, já, menores providencias e ausencia de entendimentos entre várias pessoas. Apenas o Sr. Pedutti e o proprietário do terrreno ou prédio.

Esperamos, pois, que o assunto óra focalizado venha a tornar-se realidade em breve. Enquanto isso, fiquemos por aquí “torcendo”.

Extraído do Correio de Marília de 8 de junho de 1957

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