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Mostrando postagens de julho, 2009

Mestres, uni-vos (31 de julho de 1957)

Em nossa edição de amanhã, transcreveremos do Diário Oficial do Estado, os planos e a estrutura da instalação da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Marília, recentemente criada em nossa cidade. Pela íntegra da mencionada transcrição, que é de interêsse vital e deve ser conhecida por todos os marilienses, perceberemos o fiel desejo do diretor dr. José Quirino, aliado às promessas do próprio Governador, em auscultar a opinião pública, para saber as preferências e as especialidades dos diversos cursos que integram uma Faculdade de Filosofia. Dissemos, num dos nossos artigos anteriores, que o próprio diretor da escola, em conversa com nossa reportagem, solicitara-nos fôssemos seu porta-voz, interpelando os marilienses acerca de suas preferências. Na ocasião, transmitimos aos nossos amáveis leitores, a certeza de que os estudos para a consulta a opinião dos marilienses estavam sendo elaborados e seriam oportunamente divulgados. Já o foram, através do órgão da imprensa oficial do E

Corresponderá a construção de Brasília? (30 de julho de 1957)

Para o leitor menos avisado, poderá parecer antipatriotismo de nossa parte a utilização de um epígrafe como o que escolhemos para a nossa crônica dêste espaço diário. Pelo contrário, tal vem a representar uma grande preocupação pelas coisas de nossa terra e de nossa gente. Data de muito, a preocupação de antigos govêrnos do Brasil, em mudar para o centro do país, a nossa capital. A “marcha para o oeste”, preconizada pelo então presidente Getúlio Vargas, jamais passou de alguns trechos de discursos dirigidos aos brasileiros por ocasião de passagens do Dia do Trabalho. O atual govêrno do Brasil, entendeu de operar a mudança da Capital Federal, num abrir e fechar de olhos. A idéia, conforme dissemos em outra ocasião, é louvável e essa mudança poderá mesmo significar uma completa metamorfose no desenvolvimento do país, que apresenta hoje mais de duas terças partes do território, praticamente alheias ao progresso de nossos dias. O que não está correspondendo, é o processo pelo qual se está

“Batendo no mesmo prégo...” (27 de julho de 1957)

Perdoem-nos os amáveis leitores, pela insistência com que repetimos o fato: precisamos e não podemos deixar de eleger, no próximo pleito eleitoral, o l (e) gítimo deputado mariliense. Partidos políticos de várias cidades interioranas, já elaboraram estudos inclusive para os futuros candidatos a prefeitos e vice-prefeitos; nomes já foram dados ao conhecimento público. Enquanto isso, em Marília, os partidos políticos ainda estão bastante frios. Sabemos que existem trocas de idéias partidárias, entre as próprias correntes políticas locais, sem nenhum resultado concludente a presente data. Ha, ao que parece, ao lado do natural receio de fracasso, a dificuldade de nomes, uma vez que tudo faz crêr, que, as diversas correntes políticas locais estão propensas a apoiar um candidato único, “desde que seja do próprio partido”. Ficam mudos os mentores políticos locais, quando percebem interesse do reporter. Uns, “nada sabem”; outros alegam que “só o diretório poderá dar a palavra oficial”. A verda

Prezado E-Leitor de José Arnaldo/De Antena e Binóculo

Você que lê os textos históricos escritos por José Arnaldo em De Antena e Binóculo, faça-nos um grande favor: comunique os possíveis erros e ou incorreções que notar nas crônicas que blogamos praticamente todo dia. Gratos, Sueli e Cláudio Amaral, editores. clamaral@uol.com.br 26/7/2009 09:27:06

Plano para baixar o custo de vida (26 de julho de 1957)

Um telegrama procedente do Rio de Janeiro, dá ciência de que a Associação Rural de Goiás fará a entrega ao Presidente da República, de um memorial contendo uma fórmula destinada a baixar o custo de vida no Brasil. Conforme se depreende do corpo do aludido despacho, a baixa do custo de vida será possivel, através de financiamento aos produtores brasileiros pela própria COFAP, que além disso adquirirá a produção total, para entrega-la posteriormente ao consumo público, por intermédio de armazens populares, ou de comerciantes honestos, que se limitem a um lucro apenas razoavel. Tal esquema, ao que anuncia, prevê ainda uma série de outras providencias, entre elas a criação e instalação nas capitais dos Estados e municípios de grande projeção no campo agro-pecuário, de patrulhas motomecanizadas, destinadas ao destocamente e aração das terras destinadas à agricultura. A notícia, assaz otimista, antevê mesmo que o aludido plano virá provocar séria reação por parte daqueles que são intermediár

Açucar a Cr$ 7,00 o quilo (25 de julho de 1957)

Comentavamos ainda a pouco, a divergência do preço do açucar na cidade, fazendo menção de que em Marília, o mesmo produto estava sendo vendido num estabelecimento comercial à razão de 55 cruzeiros e em outras casas, a 68 e 70 cruzeiros. Dissemos, na ocasião, que o fato nada mais éra do que o reflexo inconteste do atual estado de desgoverno em que vivemos. Não dissemos nenhuma novidade, entretanto. Agora, novamente, torna a impor-se ao nosso dever, comentar a situação do açucar. O Brasil está exportando tal produto de primeira necessidade, a preços que representam a metade dos colocados no mercado varejista atual. Além do mais, está prenunciando a ameaça de ser o custo do produto aumentado ainda mais. Estamos, enquanto isso, exportando o açucar de primeira, à 7 cruzeiros o quilo! O aumento pretendido, virá por certo, como costumam “vir” todas as coisas que objetivam arrancar mais algumas tiras de couro dos costados do sacrificado povo brasileiro. Os trabalhadores da industria açucareira

Friozinho impertinente... (24 de julho de 1957)

Nós, aqui da região, pouco habituados às baixas temperaturas não estamos lá mui satisfeitos com o friozinho impertinente que ultimamente domina tudo. Na madrugada de domingo (21/7/1957) , os barômetros acusaram a temperatura de um grau abaixo de zero, logo pela manhã. Foi realmente uma onda de frio bastante rude aqui para a nossa zona, melhor sentida por aquêles que residem em casas de táboas, dessas em que o vento penetra pelo telhado, pelo assoalho, pelas frestas de janelas e portas, por tôda a casa, enfim. É vento da famosa “esquina dos ventos uivantes”? Tem cortado mais do que navalhas de aço sueco! Os que possuem agasalhos suficientes, tiveram oportunidade de utilizá-los nos últimos dias. Os outros, que estão em “deficit” nesse setor, sofreram mais do que camelhos nas nevadas da Groelândia. Domingo passado, nas proximidades do Mercado Municipal, um trator com um reboque conduziam alguns cacarecos, que representavam u’a mudança de um de nossos caboclos da lavoura. Alguns colchões e

Abusos e mais abusos (23 de julho de 1957)

Inúmeras vezes temos reclamado através dêstes nossos despretenciosos comentários, a necessidade da reorganização da COMAP. Isto temos feito, porque, em boa fé, entendemos que tal organismo bem orientado e integrado por elementos que de fato desejem trabalhar nos diversos setores de fiscalização e controle de preços de gêneros e utilidades essenciais ao consumo público, só poderá trazer benefícios gerais à população mariliense. Nossos pontos de vista a respeito, trouxeram até nossa redação, inúmeras manifestações; umas pró, outras contra. Não sabemos quais as que maiores razões têm. Continuamos pensando que a COMAP poderá ser uma autêntica canja de galinha – se bem não fizer, mal não poderá fazer. Ninguém ignora a existência de impostos e certas taxas municipais aos que comerciam com frangos, frutas, etc., a fim de que possam servir a população em melhores condições. No entanto, tais preços em nossa cidade, equipara-se perfeitamente aos preços dos mais elevados centros, inclusive, em mu

Hospital de Clínicas (20 de julho de 1957)

Inegavelmente, nossa cidade jamais teve no passado, tantas atenções governamentais voltadas para si, como agora, na gestão do sr. Jânio Quadros. Não é segredo para ninguém, que tudo isto que se chama “Marília”, foi construido em menos de 30 anos, pela operosidade e pelo espírito de trabalho do laborioso povo mariliense. As iniciativas de ordem privada, deixaram “na poeira” o bafejo de ordem oficial, representando pelas atenções dos poderes do passado, guardada a natural relatividade entre as exigências do progresso da “urbe” e a realidade da presença do “dedo oficial”. Já, agora, tal não podemos dizer. Em que se destaque os nossos reconhecimentos ao que já foi feito no passado, temos, forçosamente, que ser algo inconformados, quando vemos outras cidades-irmãs, grandemente melhor obsequiadas por auxílios oficiais dos dois prismas – federal e estadual. É que no passado, Marília teve que crescer e fazer-se por si própria, a despeito das exigências de sua voragem de expansão extraordinária

Clube Universitário de Marília (19 de julho de 1957)

Em boa hora, diversos estudantes marilienses que atualmente cursam variadas faculdades de ensino em São Paulo, Paraná, Ribeirão Preto, Araraquara, Baurú e Marília, cogitaram da fundação em nossa cidade, de um Clube Universitário. Terá a novel agremiação, funções culturais, científicas, sociais, esportivas e recreativas e servirá de um élo de arregimentação e amisade entre a classe, unindo a todos para facilitar a todos. Servirá tambem a entidade, para orientar técnica e profissionalmente os novos candidatos ao ingresso em diversas faculdades. Não ha dúvida de que tal empreendimento representa um grande passo dentro do setor estudantil superior de nossa mocidade, que, com isso, dá provas sobejas de um espírito lúcido de harmonia e compreensão comuns dentro da grande classe, cuja iniciativa trará, por certo, no futuro, facilidades inúmeras, no sentido de orientar e manter mais únicos os moços que se interessam em haurir as luzes da ciência, cursando hoje, em diversos pontos do país, curs

Não descansaremos... (18 de julho de 1957)

Temos recebido aplausos, pelo ideal que continuamente defendemos através de nossas despretenciosas colunas, acerca da necessidade, inconteste que têm os marilienses, em eleger no próximo pleito eleitoral, seus legítimos e insuspeitos representantes. Cartas, telefonemas, conversas pessoais, dão-nos a certeza e a confiança de que desta vez, os marilienses estão melhor interpretando os motivos dessa contenda, que, em hipótese alguma é nossa, porque é, antes e acima de tudo, de Marília e seu próprio povo. A lembrança está ficando cada vez mais arraigada na mente e no sendo de todos os eleitores desta cidade, especialmente daqueles que de fato pulsam por éstas plagas, amando verdadeiramente a cidade “símbolo de amôr e liberdade”. Algumas pessoas continuam a insistir conosco, para, em sequência à esta serie de assuntos de idêntico teôr que estamos abordando, sejamos mais objetivos, apontando nomes de marilienses e analisando suas possibilidades como candidatos de nossa cidade aos cargos de d

Marília precisa de silos (17 de julho de 1957)

Sem dúvida alguma, Marília ostenta situação-chave na Alta Paulista, servindo ainda de entroncamento das zonas sorocabana e proporcionando ensejos de escoamento de gêneros e cereais de norte do Paraná. De há muito, está a cidade e região, reclamando a construção de silos, não só para servir a lavoura local, como também para atender as necessidades de diversos outros pontos adjacentes. Faz parte de plano governamental do sr. Jânio Quadros, a instalação dêsses empreendimentos em diversos grandes centros do interior, conforme é do conhecimento de todos. Por outro lado, sabe-se também que tais melhoramentos exigem dispêndio fabuloso de verbas, o que até certo modo torna difícil o atendimento de tôdas as regiões que estão a reclamar dito cometimento. Nossa cidade precisa, com urgência, ser dotada de silos, para servir não só a Marília, como também inúmeras outras cidades da grande e exuberante região da Alta Paulista. Temos entre nós, gigantescos armazens pertencentes ao D. N. C., completame

A Fazenda Sta. Helena (16 de julho de 1957)

Já é do domínio público, o interesse manifestado pelos pequenos lavradores do município, residentes nas imediações da ex-Fazenda Revoredo, no sentido de que a aludida, propriedade, pertencente ao Estado, seja dividia em pequenos lotes e arrendada aos agricultores, com facilidade e financiamento. O assunto dominou todo o mundo, chegou a envolver questões políticas, ocasionou invasão da propriedade, ação policial, tendo culminado com a manifestação governamental de que a pretensão seria atendida. Uma caravana de mais de 30 agricultores, chefiada pelo vereador Bernardo Severiano Silva, esteve nos Campos Elíseos, sendo recebida pelo Governador do Estado, que se prontificou a atender os anseios dos pequenos lavradores, tendo mesmo enviado ao Sr. Secretário da Agricultura, sr. Jayme de Almeida Pinto, determinação a respeito, traduzida nos já famosos e clássicos “bilhetinhos” do Sr. Jânio Quadros. Foi bem recebida pela parte interessada, a manifestação do Governador do Estado, principalmente

A Faculdade e o seu Diretor (13 de julho de 1957)

Tivemos a satisfação de conversar com o Prof. Dr. José Quirino Ribeiro, recentemente nomeado pelo Sr. Governador do Estado, para dirigir a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Marília. Homem simples e accessível, apesar de seu alto cargo público. Modesto, sobretudo. O prof. Quirino, pelo que nos afirmou, levou de Marília e sua gente, as melhores das impressões. Foi capaz de bem interpretar o contentamento de todos os marilienses, pelo atendimento governamental déssa antiga aspiração de nossa gente. Percebeu, de inicio, as possibilidades de Marília e a justeza da luta mariliense, em dotar nossa cidade desse marco de ensinamento. Foi cercado de todo o carinho pelo Sr. Prefeito Municipal, pelo Presidente da Câmara, por inúmeras outras pessoas, como autoridades, mestres, alunos e vereadores. Por nosso lado, gostamos tambem das qualidades pessoais e lhaneza de trato demonstradas pelo ilustre Diretor da Faculdade de Filosofia. Gostamos, sobretudo, de sua modéstia e simplicidade em at

Um empreendimento de vulto (12 de julho de 1957)

Na última terça-feira, após as solenidades cívicas levadas a efeito ao pé do Monumento dos Ex-Combatentes, fomos visitar, a convite do prefeito Argolo Ferrão, as obras do Paço Municipal. Confessamos que tivemos uma impressão das mais agradáveis, acerca da majestosidade da obra, sem favor algum um empreendimento de grande vulto e o complemento de uma lacuna há muito verificada em Marília. Percorremos, juntamente com o dr. Argolo, dr. Badra, diversos vereadores e convidados especiais, demoradamente, as obras referidas. O sr. Prefeito, transformado num autêntico “cicerone”, explicou-nos pormenorizadamente, o andamento da realização, suas dependências diversas, altura, custo, metragem quadrada etc.. Os que transitam pelas imediações dêsse colosso arquitetônico, não poderão fazer um juizo aproximado de sua grandeza interior e da magnífica distribuição de suas dependências internas. Trata-se, como dissemos no epígrafe, de um empreendimento de vulto. Sete milhões de cruzeiros já foram aplicad

O 9 de Julho que passou (11 de julho de 1957)

Quer nos parecer, jamais São Paulo comemorou tão magnificamente a passagem da efeméride de 9 de Julho. Nós, aqui do interior, acompanhamos o desenrolar dos acontecimentos, através da imprensa e dos noticiários radiofônicos da paulicéia. Verdadeiramente, a programação elaborada e organizada pela Associação das Emissôras de São Paulo, da qual participaram tôdas as autoridades, tôdas as entidades representativas e todos os paulistanos, atingiu o “clímax” esperado. São Paulo vibrou como nunca, nas comemorações do 25º aniversario do movimento revolucionário de 1932, movimento êsse que foi o marco inicial do período do reconstitucionalização do país. Espetáculos inéditos foram levados a efeito, inclusive para a petizada paulistana, que “teve a sua vez” também, participando dos festejos da efeméride. Lavrou, sem dúvida, o sr. Edmundo Monteiro, presidente da Associação das Emissôras de São Paulo, um belíssimo tento de civismo. Nem todos, ao que parece, estão interpretando bem êsse movimento. N

9 de Julho (9 de julho de 1957)

Marca a data de hoje, o transcurso de um quarto de século do Movimento Revolucionário Constitucionalista de 1932. Assinala o levante patriótico dos paulistas, intrinsecamente democráticos, contra uma cifra de outros irmãos brasileiros, em holocausto à chama da constituição e da liberdade. A princípio, as fundamentações da contenda, não puderam ser convenientemente bem interpretadas. Julgou-se o movimento como um “bairrismo” exagerado do povo paulista, como um motivo de independência separatista. O tempo, místico e inexorável, incumbiu-se no entanto, de provar o contrário. Encarregou-se de incutir na compreensão de todos, o verdadeiro sentimento dos paulistas, na expansão extrema de uma união dos homens de todo o Estado, na defesa dessa batalha verdadeiramente sacrossanta. Hoje, já não se encara o movimento Constitucionalista de 1932, como demonstração de condenável insubordinação, como um áto de levante contra um poder federal democraticamente constituido. Em nossos dias, de todos os q

Consagrada pintora em Marília (6 de julho de 1957)

Pelo avião de carreira da VASP, chegará hoje à nossa cidade, a consagrada pintora patrícia Colette Pujól. A renomada artista que é professôra da Escola de Belas Artes de São Paulo e também da Escola das Irmãs Marcelinas, detentora de um honroso prêmio do Salão de Belas Artes de Paris e de dois prêmios do Salão de Belas Artes de São Paulo, visitará nossa “urbe” a convite de um grupo de marilienses amante das belas artes. Trata-se, sem dúvida, de uma honrosa visita. A renomada artista permanecerá alguns dias em Marília, onde focalizará através de seu famoso e artístico pincél, aspectos da cidade, estudando, simultaneamente, as possibilidades de fundar em nossa cidade, uma Escola de Belas Artes. Para tal, há necessidade de arregimentação de um grupo de trinta marilienses interessados, no mínimo. Assim, Colette Pujól estará entre nós, ministrando os conhecimentos de sua apreciada arte, pelo menos uma vez por mês. Aí está uma iniciativa de bom alvitre e que por certo deverá merecer a simpat

O candidato mariliense (5 de julho de 1957)

Temos sido abordados por pessoas de representação em nossa cidade, especialmente nos círculos políticos marilienses, acerca dos escritos de nossa lavra, com referência à necessidade de elegermos no mínimo um deputado estadual nas próximas eleições. Sinal de que a idéia está desta vez, encontrando melhor repercussão de que no passado. Algumas pessoas insistem em que deveremos “matar a cobra e mostrar o pau”, isto é, apontar ao público, os nomes dos marilienses que maiores e melhores credenciais reunem para o cargo mencionado. Alegam que da citação de nomes, poderemos observar o efeito da aceitação pública, para melhor argumentarmos em apreciações futuras. Mesmo que cedo não fôsse para tal, pensamos que não caberia a nós êsse direito. O problema é da alçada exclusiva dos partidos políticos e nós confiamos de que os dirigentes partidários em nossa cidade, ao par das normas traçadas pelas aludidas agremiações políticas, são, acima de tudo, bons marilienses. Nessas condições, baseando-se ês

Uma “boa bôca” ” (4 de julho de 1957)

Desde há muito, que se diz por aí, que o mundo é dos sabidos. Cada vez mais nos convencemos da verdade dessa assertiva. Certa ocasião apareceu em Marília um cidadão que se apresentou através da Rádio Clube, como sendo de nacionalidade Argentina, médico, cantor, artista de rádio e TV, automobilista, ex-deputado federal portenho, jornalista e mais uma outra infinidade de coisas. Seu nome é dr. Juan Caruso. Muito conversador, bom cantor, por sinal; impressionante em suas palestras, etc. Tornou-se logo popular, uma vez que seguidamente dava o ar de sua graça por estas paragens. Certa ocasião concedeu-nos uma entrevista algo fabulosa, onde colocou (e) m destaque a missão da imprensa, como um dos marcos imprescindíveis ao progresso do mundo de nossos dias. Mas o homem é mesmo irriqueto e bom palrador. Contou-nos ter contraido matrimônio em Marília, em cujo município é também fazendeiro. Quando da visita do sr. Brasílio Machado Neto para proceder o lançamento da pedra fundamental do edifício

“Da discussão nasce a luz” (3 de julho de 1957)

O adágio que nos serve de epígrafe, aplicou-se inteiramente e com excelentes resultados, no plenário da Câmara Municipal, por ocasião da sessão extraordinária da última segunda-feira. O legislativo discutiu e votou o projeto de lei n. 900, de autoria do Executivo, abrindo crédito especial de um milhão de cruzeiros, destinado a ocorrer às despesas de locação do imóvel destinado à instalação da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de nossa cidade. Antes da abertura dos trabalhos, um clima de dúvidas pairou sôbre a Câmara, dando a impressão de que num tudo “estava côr de rosa”. Verificamos mesmo uma certa inquietação que chegou a pairar sôbre muita gente – vereadores ou não. O assunto, de vital importância para todos os munícipes, aparentava uma “peninha”. Isto porque, um dos membros da Comissão de Justiça, o esforçado dr. Durval Sproesser, em seu parecer profundamente justificado, encontrara um “que” de ilegalidade da aplicação da referida ante-lei, em face a um dispositivo da Lei d

A TV em Marília (2 de julho de 1957)

As notícias por nós divulgadas há pouco tempo, acerca das informações que nos foram prestadas em São Paulo pelo radialista Geraldo Tassinari, repercutiram bem no seio da opinião pública, a ponto de muita gente nos procurar para saber pormenores do fato. Agora surge nova questão, acerca das possibilidades da TV em Marília. É que, independente das possibilidades da Organização Victor Costa construir, como se propalou, uma torre receptora das imagens do Canal 5 em nossa cidade, vem à tona a iniciativa do sr. Jorge Elias, diretor das Indústrias de Rádios “Memphis” de nossa cidade, que objetiva a construção de uma torre para recepcionar as imagens transmitidas pela torre receptora a ser instalada em Baurú. Além dessa torre receptora, disporá a organização “Memphis”, de uma antena divulgadora de âmbito local, para melhor receptividades dos televisores que a cidade venha a possuir, num canal local próprio. Tal providência, conforme depreendemos das palavras do sr. Jorge Elias, em entrevista c