Mestres, uni-vos (31 de julho de 1957)

Em nossa edição de amanhã, transcreveremos do Diário Oficial do Estado, os planos e a estrutura da instalação da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Marília, recentemente criada em nossa cidade.

Pela íntegra da mencionada transcrição, que é de interêsse vital e deve ser conhecida por todos os marilienses, perceberemos o fiel desejo do diretor dr. José Quirino, aliado às promessas do próprio Governador, em auscultar a opinião pública, para saber as preferências e as especialidades dos diversos cursos que integram uma Faculdade de Filosofia.

Dissemos, num dos nossos artigos anteriores, que o próprio diretor da escola, em conversa com nossa reportagem, solicitara-nos fôssemos seu porta-voz, interpelando os marilienses acerca de suas preferências. Na ocasião, transmitimos aos nossos amáveis leitores, a certeza de que os estudos para a consulta a opinião dos marilienses estavam sendo elaborados e seriam oportunamente divulgados. Já o foram, através do órgão da imprensa oficial do Estado, que amanhã transcreveremos para o conhecimento geral, uma vez que nem todos os marilienses manuseiam o mencionado diário público.

Ao par das manifestações mencionadas, existe a necessidade de que seja realizada uma reunião de diretores de escolas, presidentes de grêmios literários, mestres em geral, alunos e pais de alunos. Assim, pensamos, serão discutidas as conveniências mais palpáveis para a escolha dos cursos, de maneiras que não tenhamos amanhã, nenhum motivo de aborrecimento, em virtude de não termos apresentado manifestações e estudos em tempo habil.

Assim, através desta coluna, fazemos uma sugestão aos senhores mestres, especialmente diretores de escolas, presidentes de grêmios literários, interessados em geral e mesmo pais de alunos, para que se reunam o mais breve possível, a fim de discutir a questão, apresentando as sugestões e preferências por escrito, conforme solicita o teôr da publicação referida, que amanhã será transcrita por nosso jornal.

Entendemos imprescindível uma reunião dêsse porte, para que sejam trocadas idéias, especialmente por aquêles que mais diretamente conhecem o “metier” do ensino superior, bem como sejam as manifestações solicitadas, encaminhadas com base e fundamento, dentro do prazo estipulado na citada publicação, ou seja, até o próximo dia 15 de agosto (de 1957).

Mestres, uni-vos, porque essa união e reunião, com conhecimento de causa e troca de pontos de vista, trará benefícios a Marília, uma vez que objetiva escolher as especialidades científicas a serem ministradas por êsse curso oficial de ensino superior da cidade.

À parte, um(a) pequena observação: deveremos ser gratos ao diretor da Faculdade, que está cumprindo à risca, as promessas empenhadas aos marilienses. Pelo conteudo da publicação que amanhã sairá à luz, transcrito do órgão (o)ficial do Govêrno do Estado, verificarão os leitores que a Faculdade, oficialmente, é dada como instalada. Saibamos nós, marilienses, corresponder totalmente ao gesto e interêsse daquêles que vieram ao encontro de nossos desejos, traduzidos por mais de uma dezena de anos de árduas e nobres lutas em pról de nossa mocidade estudantil.

Extraído do Correio de Marília de 31 de julho de 1957

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