O Corpo de Vigilancia Noturna (16 de outubro de 1957)

Nossa reportagem manteve “um dedinho de prosa” com o vereador Sebastião Mônaco, Presidente eleito do Corpo de Vigilância Noturna de Marília, órgão que tem sua diretoria empossada e sua estrutura em fase de remodelação total. O assunto, de interesse público e geral, vinha de ha muito, reclamando as medidas óra preconizadas, uma vez que a atual corporação da Guarda Noturna, em que pese os interesses e a boa vontade dos diretores da mesma e dos homens que à ela emprestam sua colaboração, não vêm correspondendo, por motivos vários, as finalidades e exigências do progresso da cidade.

O Corpo de Vigilância Noturna de Marília, com sua diretoria já tomando as providências iniciais para a sua reestruturação (que à rigor é mesmo nova organização e não propriamente uma reorganização), trará aos marilienses, dentro em breve, a garantia de sua existência e a efetividade de seus inestimáveis serviços.

De conformidade com o que nos informou o Presidente Mônaco, o efetivo dos vigilantes noturnos será de um número condizente com as necessidades da “urbe”, beneficiando diretamente todos os bairros da cidade. Seus componentes terão treinamentos e instruções especiais para bem desimcumbirem-se do mistér. As funções dos vigilantes não serão exclusivamente a de policiamento noturno. Os soldados da noite prestarão ao público em geral, outros inúmeros préstimos. Servirão, por exemplo, para chamar um médico durante a noite, quando a parte necessitada não disponha de condução ou telefone; poderão incumbir-se de acordar em hora aprazada, uma família ou pessoa que deseje viajar à noite ou de madrugada, desde que a solicitação a respeito seja feito em tempo hábil. Poderão ainda acompanhar, à pedido, qualquer menor ou senhora, que tenham necessidade, por qualquer motivo, de locomover-se à pé, durante a noite ou de madrugada, de um para outro ponto da cidade. Servirão ainda de guias ou informantes aos forasteiros, que aquí aportem fóra de hora, indicando hotéis, ruas da cidade ou endereços. Prestarão, enfim, serviços de verdadeira utilidade pública, ao lado da precípua função de policiamento noturno.

Para isso, receberão os novos vigilantes noturnos, instruções especiais, sendo seus membros escolhidos convenientemente pela diretoria.

Os planos são explêndidos. A sua execução é perfeitamente viável e necessária. A constituição do Corpo de Vigilância Noturna de Marília, sem dúvida, representará um novo marco de progresso na cidade, uma garantia a mais para a família mariliense.

Uma coisa pudemos perceber, nas poucas palavras que estabelecemos com o vereador Sebastião Mônaco, Presidente do Corpo de Vigilância Noturna de Marília: boa vontade e interesses irretorquível da diretoria do organismo, para executar os planos elaborados e colocar à disposição do público, dentro do menor espaço de tempo possivel, éssa corporação que ha muito estava sendo reclamada pelo progresso mariliense.

Extraído do Correio de Marília de 16 de outubro de 1957

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