Porteiras da paulista (21 de novembro de 1957)

Voltou-se a agitar a questão da necessidade de encontrar-se uma solução cabal e correspondente, para o problema verdadeiramente calamitoso que representa para Marília as “célebres” porteiras da Cia. Paulista.

Há longos anos êste jornal vem focalizando (o) fato, tendo provocado, inclusive, entendimento de autoridades municipais e associações de classe com os altos dirigentes da grande empresa ferroviária. O problema, no entanto, permaneceu insolúvel.

Recordamo-nos que no passado, sugerimos entendimentos diretor do sr. Prefeito Municipal (ainda antes do atual período de redemocratização nacional) com a direção da Paulista. Tais entendimentos foram levados a cabo, mas as providências até hoje não surgiram.

O dr. Jaime Cintra, já recebeu por diversas vezes emissários da cidade, que expuseram pormenorizadamente ao ilustre diretor da Paulista, os problemas e a necessidade de sua solução. S. S. não ignora, portanto, a urgência do fato, e, apesar das boas intenções anteriormente demonstradas a respeito, as providências continuam na estaca zero.

A Câmara Municipal, por sua legislatura atual e passada, já procurou contornar a situação por mais de uma vez. Os entraves são tão numerosos e tantos, que parece que a solução do problema demandará providências elevadíssimas, custosas e difíceis. Entretanto, parece-nos que melhor boa vontade da Paulista, essa empresa que tão bem serve (e tão bem cobra), poderá resolver em definitivo o problema.

Aguarda-se agora novo colóquio de marilienses com o dr. Jaime Cintra. As exposições que serão levadas ao conhecimento do ilustre dirigente ferroviário, nada mais serão do que a repetição de assuntos já conhecidíssimos de S. S.. Portanto, é de esperar-se alguma providência, alguma solução, alguma promessa, enfim, porque uma promessa do grande dirigente da Paulista, por certo será um compromisso solvível.

O progresso mariliense, verdade se diga, como se já não contasse com alguns motivos contrários à sua vertigem ascensional, depara com as porteiras da Cia Paulista, especialmente as das Ruas Paraná e 9 de Julho, uma barreira incrível.

Urge que a direção da Paulista, que tanto prestigio recebe do público mariliense, que tanto orgulha o povo que serve, se digne também a dispender u’a melhor atenção as reivindicações de nosso povo e nossa cidade, com respeito ao tormentoso e antigo problema de suas clássicas porteiras.

Extraído do Correio de Marília de 21 de novembro de 1957

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