Variedade em denúncias (6 de dezembro de 1957)

Não há (como) negar, de que os mais curiosos casos de denúncias apresentadas em Juizo, fazem, inquestionavelmente, parte do grande rosário de processo de divórcios dos Estados Unidos.

Vez por outra, a imprensa nacional sente-se no dever de explorar tais acontecimentos, satir(iz)ando e temperando à gosto, assunto dêsse jaez, tão de agrado dos leitores brasileiro(s).

Efetivamente, temos conhecido casos que escapam às raias do absurdo. Óra é o marido que justifica o pedido de separação, porque sua “cara metade” roncou durante o sono. Outra vez, é a mulher que pede o divorcio, acusando o esposo de “crueldade mental”, porque êste impediu que o “luluzinho” dormisse na cama de ambos. E assim por diante.

Agora, lendo o confrade “Comércio da Franca”, edição de 1º do corrente, deparamos, sob a manchete “Denunciada a COMAP pela prática do curandeirismo”, a seguinte notícia:

“A Associação Profissional do Comércio Varejista de Franca, acaba de formular documentada denúncia, contra a COMAP local, ao Serviço de Fiscalização do Exercício Profissional, da Secretaria da Saúde do Estado.

“Fundamenta-se a queixa no fato de vir o órgão controlador de preços, distribuindo, em sua sede, à rua Marechal Deodoro, preparados farmacêuticos e aviando receitas, conforme o declarou, da tribuna da Câmara, o sr. Granduque José, fatos êsses também divulgados pelo órgão oficioso “Diário da Tarde”, do qual é diretor o dirigente da COMAP.

“Como se sabe, para exercer tais atividades, faz-se mistér o competente registro profissional, bem como a presença de um farmacêutico legalmente habilitado.

“A reportagem apurou, nos meios interessados, que farmacêuticos locais, segundando o procedimento da A. P. C. V., irão se dirigir às autoridades competentes, pedindo providências imediatas contra o abuso do exercício legal da Medicina, profissão regulamentada no país.

“Resta agora, apurar-se, para a definição de responsabilidade, se quem fazia as vezes de “puçanguaras” era o presidente da COMAP, ou algum preposto seu...”

Aí está mais esta curiosa denúncia, para figurar no ról das inúmeras já conhecidas.

Se a moda pegar...

Extraído do Correio de Marília de 6 de dezembro de 1957

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