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Mostrando postagens de janeiro, 2010

Edição Especial do “Correio” (31 de janeiro de 1958)

Como sabem todos, é praxe e tradição deste jornal, presentear seus assinantes anualmente, com uma edição especial, em formato de revista, hoje conhecida como a “Revista do Correio de Marília”. Tal edição, normalmente, têm circulado por ocasião das festas natalinas. No ano findo, deixamos de confeccionar dito trabalho, adiando a data de sua publicação, para render, agora em 1958, u’a homenagem ao 30º aniversário de Marília. Já estamos iniciando os primeiros passos à respeito, depois de estudos e elaboração do competente plano técnico e redatorial. Assim, pretendemos presentear nossos assinantes e leitores, com éssa edição especial, por ocasião do próximo Dia do Município. Será, como das vezes anteriores, um compêndio de fatos e acontecimentos da vida da cidade e das realizações de seu povo, ilustrado com vasto serviço de clicherie, impresso em papel de primeiríssima ordem e em várias cores. Dentre os trabalhos da redação, enriquecidos como sempre com colaborações férteis e agradáveis em

Exposição Agro-Pecuária (30 de janeiro de 1958)

Notícia bastante alviçareira, divulgamos em outra parte desta edição, com respeito à Exposição Industrial que será realizada em Marília, no próximo Dia do Município, sob os auspícios do CIESP e colaboração da Associação Comercial de nossa cidade. Simultaneamente, conforme divulgamos, é pensamento do mesmo órgão, inaugurar também uma exposição Agro-Pecuária, que teria por lugar o recinto do Yara Clube. A primeira mostra está definitivamente assentada, sendo que a outra apenas em cogitações. Para a realização desta, será chamada a colaborar, a Associação Rural de Marília. Não há negar de que se trata de assunto de importância e de interêsse geral, não só para Marília, como também para tôda a região. Nessas condições, daqui lançamos um apêlo aos nossos poderes constituidos, para que prestigiem e se interessem pelo assunto; igualmente, à Associação Rural, para que envide empenho, no sentido de que as cogitações aludidas sejam transportadas para o terreno da realidade. A situação será de to

Legendas de caminhões (29 de janeiro de 1958)

Afir (m) a a ciência grafológica, que todo ser humano emite, nos conceitos que escreve, um pouco de seu próprio “ego”; isto é, deixa transparecer, embora sem o desejar, resquícios interiores. Tal assertiva é tambem confirmada em parte, pela psicanálise. Assim deduz-se de que quem escreve poesias é irretorquivelmente dotado de u’a alma cândida, por vezes boêmia; quem é suave nos escritos demonstra sensatês, gestos comedidos; quem escreve de maneira violenta, denota um espírito combativo por vêzes, revoltado em outras ocasiões; e assim por diante. Isso nos ocorreu, ao presenciarmos a série de legendas usuais nos para-chóques e trazeiras de caminhões de transporte, algumas curiosas, outras insossas, humorísticas, satiricas, de fé, etc., etc. Uma “jardineira”, tipo antigo, cuja carcaça se encontra “pedindo a Deus para que o mundo acabe em açúcar para éla morrer doce”, ostenta, num vermelho visível, a seguinte inscrição: “Hoje estou velha, mas já fui muito boa”. É o realismo aliado à situaç

“Mens sana in corpore sano” (28 de janeiro de 1958)

Uma leitora procurou-nos outro dia, para queixar-se do desinteresse geral manifestado em nossa cidade, pelas moças estudantes, no setor desportivo local. Disse-nos éssa pessoa, que Marília, presentemente, nesse campo do desporto feminino (basquete, volei e natação), está aquem das mais pessimistas previsões, não representando siquer sombra daquilo que foi no passado. E, amarguradamente, atribuiu o fato ao meio-ambiente, uma espécie de ignorância e desconhecimento das verdadeiras finalidades do esporte amador, tão necessário à formação física e arejamento intelectual da mulher moderna. Tem razão éssa leitora. O fenômeno, entretanto, é complexo, aparentemente. Enquanto em todos os paises do mundo mais se acentua o gosto e o interesse feminino pelo esporte, de modo geral, a evolução nêsse terreno, no Brasil, vai diminuindo. Poder-se-ia dizer que as atribulações de nossa vida hodierna, onde a maioria dos estudantes trabalha, contribui com a escassês de tempo para tal anomalia. Entretanto,

Placas de ruas (25 de janeiro de 1958)

Focalizou não há muito tempo um jornal cinematográfico, com eivas de humorismo e sátira sadia aos poderes públicos da Capital Federal, o fato de existirem, no Rio de Janeiro, incontáveis ruas sem as devidas placas nominativas e outras onde numa distância de três, quatro ou mais quarteirões, nota-se a ausência de tal painél. O fato, não é de todo novidade. A anomalia dêsse porte, existe em quase tôdas as cidades do Brasil, principalmente no interior. Há uns 15 anos passados, por exemplo, poucas eram as cidades interioranas que possuíam tal melhoramento, bem como suas casas identificadas pelas placas numéricas. Marília, como sempre seguindo todos os exemplos de fóra, não pode, indiscutivelmente, fugir à regra. Andamos inúmeras ruas em que sòmente de longe em longe nota-se a placa com a denominação da via pública. Para nós, daqui, o caso tem pouca importância. Para os de fóra, entretanto, a questão muda de figura. Mas não é só isso. Ruas existem já com denominação oficial, porém sem êsse

Marechal Rondon (24 de janeiro de 1958)

Verdadeiramente, raras pessoas conseguem reunir tantos e tão elogiáveis atributos pessoais, como aconteceu com o desaparecido Marechal Cândido Mariano da Silva Rondon. A morte dêsse ilustre militar, consternou todos os quadrantes do Brasil e repercutiu mesmo fóra de nossas fronteiras. Figura invulgar, sertanista sincero e devotado, militar brilhante, mercê de seu magnânimo coração, o marechal Rondon dedicou tôda uma existência na defesa e na sorte dos indígenas de nosso país. Foi o mais intransigente e leal advogado dos homens simples que habitaram nossas selvas e que nada mais aspiram do que uma vida em paz, distanciados da civilização, afastados da maldade e das dificuldades daquilo que chamamos “vida moderna”. Soldado brilhante, sua arma sempre foi a palavra amiga e sincera, o bom senso, as iniciativas comedidas, os gestos ponderados e razoáveis. Sua espada, o amor pelos nossos irmãos silvícolas. Sua trincheira, a defesa dessa gente. Sertanista e indianista dos mais compenetrados, b

“Marcelino Pão e Vinho” (23 de janeiro de 1958)

Até aquelas pessoas que não tiveram ainda o ensejo de assistir o mais famoso e comentado filme de todos os tempos, vivem empolgadas pelas referências à respeito. “Marcelino Pão e Vinho” está sendo aguardado com desusado interêsse e curiosidade pelos cinemeiros marilienses. A maioria das gentes, já conhece a história de Pablito Calvo, o intérpetre principal do citado celudóide. A música, as historietas em quadrinhos, as figurinhas, os comentários da crônica especializada, as alusões acêrca do filme, etc., tornaram conhecido por antecipação o enredo do filme. Mesmo assim, os que não viram a mencionada fita, aguardam ansiosos a possibilidade de presenciá-la. Nós, por exemplo, tivemos já a oportunidade de ver dita película. E confessamos que gostamos imensamente de seu desenrolar. Tudo causou impressão nessa história: a ausência de cenários faustosos e pré-arranjados; o ambiente de pobresa franciscana dos frades do mosteiro, mostrando em tôda a realidade, a miséria e as dificuldades interi

As 7 Maravilhas do Mundo (22 de janeiro de 1958)

Solicita-nos por carta um leitor a divulgação das famosas 7 Maravilhas do Mundo Antigo. Revendo as coleções do “Correio”, encontramos a matéria pedida. Aqui vai o relato: AS PIRÂMIDES DO EGITO Construídas de 3.000 A. C. a 1.800 A. C. foram as pirâmides os túmulos monumentais dos faraós egípcios. A mais antiga de tôdas fica em Sacara. As maiores acham-se situadas em Gizé, perto do Cairo. A grande pirâmide de Queops cobre uma área de mais de 50.000 metros quadrados e tinha, originalmente, 147 metros de altura, enquando o polígono da base media cêrca de 230 metros de lado. Com a retirada de uma de suas pedras, ficou reduzida a uma altura de 137 metros. JA (R) DINS SUSPENSOS DA BABILÔNIA Conta-se que Nabucodonozor, que destruiu o Templo de Salomão, construiu para a rainha, uma série de jardins sôbre terraços de Babilônia, mais ou menos no ano de 600 A. C.. De acôrdo com a lenda, havia cinco terraços, cada um dêles situado a 15 metros acima do outro, e ornamentado com árvores e flôres. Loca

O Eterno Sacrificado (21 de janeiro de 1958)

Falar-se em povo, misérias, sacrifícios, vida cara, etc., até dá a impressão de imprensa de idéias contrárias ao atual regime, uma vez que tais “chapinhas” são por demais exploradas por órgãos dessa qualidade. No entanto, de nossa parte, a questão nada tem de ideológica, a não ser a ideologia verdadeiramente nacionalista e sobretudo mariliense. O povo é mesmo o eterno sacrificado. Indiscutivelmente, muita coisa anda “fóra dos eixos” néstes Brasís. O custo de vida em geral, é mais ascensorial do que um foguete pirotécnico. Tudo sobe, dia a dia. Se dispuséssemos de um quadro estatístico oficial, poderíamos afirmar aos nossos leitores, um índice de aumento extraordinário nos últimos meses. Em tudo e por tudo. E essa onda de acréscimos acentuou-se mais, apenas se propalaram os estudos para a reestruturação do salário-mínimo no Brasil. Do período de discussões e estudos, até a sanção da lei em referência, muitas tirar sairão ainda dos costados da população. Isso é inegável. As tarifas de fô

“A leitora do telefone” (18 de janeiro de 1958)

O autor desta coluna equiparou-se ao João Jorge. Possúe, igualmente, a sua “leitora do telefone”. Todos os dias, em hora quase matemática, conversa conosco. Pelo jeito, pessoa letrada e ilustrada. Idealista. Bem mariliense, sobretudo. Por vezes, nos critica severamente. Outras ocasiões, nos estimula sobremaneira. De início, quando os primeiros telefonemas coincidiam com momentos de “apêrto” na redação, chegamos a ficar um tanto aborrecidos com a longa conversa. Depois, não; principiamos a perceber que as palestras dessa leitora (que diz não perder um de nossos modestos escritos), começaram a dar-nos a certeza de que o interêsse mariliense alentando pela mesma, é muito mais cimentado do que à primeira vista se nos pareceu. No telefonema de ontem, a misteriosa personagem abordou o artigo que escrevemos sôbre o título “JK contra os aumentos”. Verberou em têrmos a conduto do atual Presidente da República, considrado pela mesma, como “não correspondendo” ao alto cargo. De acôrdo, senhora (o

Marília precisa de um ambulatório do IAPC (17 de janeiro de 1958)

Falando em tese, supomos, que não existam razões plausíveis, que justifiquem certos descasos, praticados por diversos institutos de previdência, aposentadoria e pensões ou caixas beneficentes, para com seus contribuintes, especialmente os interioranos. Os que militam na imprensa, chegam a aborrecer-se, tantas são as queixas à respeito conhecidas. A maioria ostenta procedências irretorquíveis. No entanto, para aqueles que conhecem as leis originárias que criaram a série dêsses IAPS, o assunto causa espécie. Isto, porque, em sua essência, a lei é completa, bem intencionada, esplêndida. Na sua aplicação é que costuma aparecer o “nó górdio” da questão. Os institutos, em geral, amealham arrecadações fabulosas anualmente. Dispõem, sem sombra de dúvida (embora algumas direções tenham asseverado o contrário), de meios (e obrigações) para melhor e mais efetivamente prestar auxílios concretos aos seus contribuintes obrigatórios. E não se completam, desgraçadamente. Citemos, por exemplo, o caso d

Pedintes Mirins (16 de janeiro de 1958)

Jamais deixamos de compadecer-nos, daqueles que, por necessidade, estendem a mão à caridade pública. Temos sobejas razões para isso. Combatemos a malandragem e o vício de mendigar, useiro e vezeiro por muito gente. Para ninguem constitui segrêdo, o fato de que muitos imploram caridade, mesmo sendo capazes de exercer uma determinada atividade. Não raro, a imprensa das grandes capitais, localiza e aponta à Polícia, casos como o que estamos referindo. Não ha muito, um casal de jornalistas cariocas, dispôs-se a executar, com o consentimento da Polícia, um empreendimento de falsa mendicância, a fim de conhecer o espírito caritativo do povo da Capital Federal. Colocaram-se em pontos diferentes, perfeitamente caracterizados. Ela, maltrapilha, envergando uma sujeira artificial, desgrenhada, de óculos pretos e com uma criança conseguida por empréstimo num orfanato; ele, tambem caracterizado, com uma posta de fígado de vaca amarrada na perna, aparecendo sangue coagulado; ambos, estendendo a mão

II Festa dos Jornaleiros (15 de janeiro de 1958)

À exemplo do ano passado, promoverão êste ano, a Rádio Dirceu e o “Correio”, em colaboração, a II Festa do Jornaleiro mariliense. O acontecimento está marcado para o próximo dia 26 e deverá revestir-se, com toda a certeza, do mesmo sucesso anterior. Para isso, já vem contando a Comissão competente, com uma série de adesões, das mais significativas, por parte de grandes personalidades e autoridades de nossa “urbe”. Não ha negar de que o sentido de tal homenagem, encerra, antes e acima de tudo, uma deferência toda humana e especial, com a qual se procura render um pequeno tributo de reconhecimento, à uma classe humilde por excelência, prestativa, simpática e sempre benvida. Os garotos que entregam os jornais à domicilio, são sem dúvida os mensagem da simpatia, cuja visita é ansiosamente aguardada em todos os lares – ricos ou póbres –, cuja recompensa, regra geral, quasi nunca passa de um simples “muito obrigado”. Faça chuva ou sól, frio ou calor, o jornaleiro tem u’a missão a cumprir e s

J. K. contra os aumentos! (14 de janeiro de 1958)

Existe mesmo motivo, para a exclamação no epígrafe dêste artigo. O Presidente da República insurgiu-se, de modo contrário, às pretensões de novos aumentos de preços de lubrificantes e trigo. Numa exposição de motivos apresentada pelo Conselho Nacional do Petróleo, requerendo providências para alterações nas tarifas de lubrificantes, exarou o sr. Juscelino Kubitschek o seguinte e incisivo despacho: - “Não concordo, em absoluto, sob pretexto algum, com o aumento de lubrificantes. Seria ferir frontalmente a política do govêrno, no sentido de impedir o aumento do custo de vida. Providencie-se para que isso não se verifique”. Numa outra petição de exposição de motivos, elaborada pelo Instituto de Resseguros, justificando necessidade de majoração do preço do trigo em grão, assim se manifestou em despacho, o Chefe do Govêrno: - “A política do govêrno só tem um objetivo: impedir a alta do custo de vida. A providência que o Instituto tomou, aumentando as taxas de seguro para o trigo em grão, re

“Se eu fosse jornalista...” (11 de janeiro de 1958)

O amigo leitor já se imaginou na pele de um trabalhador da imprensa? Já pensou em ser procurado por A ou B, que não gostando de C ou D, vem exigir que o rabiscador assuma a posição de taboa de bater roupa, isto é, resolva casos particulares que muita gente não tem oportunidade ou coragem para solver? Pois isto nos acontece quase diariamente. Muita gente entende que a pessoa que escreve num jornal, é obrigada a “meter o pau”, a desmoralizar, a difamar, a encetar campanhas contra Pedro ou Benedito, porque Pedro ou Benedito desagradou êste ou aquêle. E quando ouve a negativa, explode logo: “Você tem é medo; se eu fosse jornalista eu fazia, acontecia, etc. e tal”. Interpretar uma crítica, não é fácil. Especialmente para a pessoa ou pessoas criticadas. Receber elogios, “confetis”, todo mundo gosta, todo mundo se regala. Uma “peninha” na vida, ou ação de qualquer cidadão que não esteja em condições de avaliar a liberdade de crítica, os méritos da mesma, o direito de quem escreve, é um Deus n

O preço do amendoim (10 de janeiro de 1958)

Não discutimos de cátedra o assunto, porque dele pouco ou nada conhecemos. Baseamo-nos apenas nas informações que nos prestaram alguns agricultores locais, quando trouxeram até nós uma reclamação de que em Marília não estão sendo atendidas as bases da fixação governamental do preço mínimo do amendoim. Informamo-nos os queixosos, de que o mercado deveria ser cotado no preço mínimo de 162 cruzeiros por arroba, estando sendo pago a 120 cruzeiros. Por outro lado, os próprios reclamantes informam não acreditar em culpa no caso, dos compradores locais e sem das máquinas de São Paulo e Santos. O assunto em sí, não é bem o que interessa ao motivo désta crônica. O que nos interessa e a desgarantia e o inestímulo com que até aquí tem sido vitimas os nossos lavradores. E quando falamos em lavradores, estamos nos referindo aos pequenos agricultores, aos meeiros, aos empreiteiros e não nos grandes proprietários, os quais sempre dispõem de meios de sair melhor da empreitada do que aqueles outros. A

Conservação de ruas (9 de janeiro de 1958)

Já dissemos outras vezes, que o jornalista ganhava muita idéia em ouvir conversas alheias. Talvêz por isso, de vez enquando, gostamos de sondar o que pensa o público, com o que conseguimos, vez por outra, material substanciado para a continuidade de nossas idéias ou mesmo objeto de idéias novas, relacionadas ou não com algum ponto de vista. Isto é, muitas vezes uma pessoa dizendo que “faz calor”, póde, sem o querer, auxilia-nos, para que opinemos ao público que compre cobertores e artigos de lã agora, com preços mais em conta do que no período inbernoso. O jornalista torna-se, por força de habito e de profissão, um abelhudo. Dizem por aí que ninguém mais apropriado para meter o nariz na vida alheia do que o profissional de imprensa. o fato é que aquêles que escrevem, sempre lucram alguma coisa em idéias, ouvindo as “broncas”, os “desabados” e as opiniões alheias. Nós somos prodígios em descobrir “técnicos”. É só sair com os ouvidos afiados, captando o que dizem os populares, para saber

Mercado Modelo Municipal (8 de janeiro de 1958)

Em relação à muitas cidades, Marília até não está mal servida no setor do Mercado Municipal. Isso, em comparação àqueles centross que ainda não dispõe desse melhoramento em sua “urbe”. Entretanto, em comparação as exigências de sua própria vida e desenvolvimento normal, relativamente ainda às cidades que já solveram essa questão, construindo seus Mercados Modêlos, Marília está aquém das expectativas. Ha muito reclama o dinamismo e a expansão da cidade, tal empreendimento. Ninguem poderá desconhecer ser insuficiente e em certos pontos obsoleto, o atual mercado municipal de nossa cidade. Na época em que foi construido, ocasião em que Marília principiava a desabrochar, representou uma óbra de vulto, extraordinária. A cidade cresceu vertiginosamente, exigindo, não só no setor de construções públicas, mas em vários outros prismas, o acompanhamento de seu progresso. O que ontem satisfazia as necessidades da vida mariliense, hoje passou a ser insuficiente e a exigir reformas, melhorias, ampli

O Vereador do Ano de 1957 (7 de janeiro de 1958)

Divulgamos em nossa edição de domingo (5/1/1958) , notícia acêrca da escolha do rev. Álvaro Simões, edil mariliense e nosso apreciado colaborador, como o Vereador do Ano de 1957. Tal revelação causou, como não poderia deixar de ser, grande contentamento para nós, que sempre vimos no distinguido com éssa condição, um homem operoso, bem intencionado, inteiramente devotado aos interesses de Marília e seu grande povo. Longe de nós, a alternativa de que os demais vereadores de nossa Câmara, não ostentem igualmente éssas qualidades. Sucede, entretanto, que a escolha foi procedida por pessoa neutra, através de um órgão de imprensa dos mais tradicionais no Brasil, conforme é o “Correio Paulistano”, e, consequente de um trabalho compilatório, cuidadoso e imparcial, executado pelo jornalista Urbano Cordeiro, responsável pela coluna interiorana do mencionado diário. Isto nos convence daquele ponto de vista por nós repetidas vezes externado: o trabalho, quando persistente, comedido e bem intencion

Ocauçu quer ser município (4 de janeiro de 1958)

Divulgamos em nossa edição de ontem, a íntegra de um memorial subscrito por diversas pessoas residentes em Ocaucu, entregue à Mesa da Assembléia Legislativa, pelo deputado Márcio Porto, aspirando a emancipação política daquêle distrito. Pretensão justa, sem nenhum negar. Responsabilidade enorme, pretendida pelos ocauçuenses. Em palestra ontem com um vereador situacionista local, quisemos ouvir através do mesmo, o pensamento do Prefeito a respeito da questão. Nosso entrevistado expendeu, não o ponto de vista do Chefe do Executivo mariliense, mas sim o seu próprio. “Seria bom para Marília”, declarou. E justificou a afirmativa, dizendo que, com exceção de um único distrito de nosso município, todos os demais apresentam “deficits” anuais, sobrecarregando o passivo do orçamento muncipal. “Estradas, água, luz, telefone, etc. para os distritos custam somas estimáveis à Prefeitura. Regra geral, a receita dos distritos nem de leve se equipara à tais despesas. Nessas condições, para a Prefeitura

Pronto Socorro Municipal (3 de janeiro de 1958)

Dissemos em nossa edição de ante-ontem (que infelizmente não foi localizada pelos editores deste blogue) , que voltaríamos ao assunto. Aquí estamos. Não póde Marília prescindir da criação do Pronto Socorro Municipal. Não póde e não deve. Cidade culta, destacada dentre suas irmãs (mesmo as mais velhas e progressistas), dinâmica e moderna, com 110 mil almas em seu município, Marília, que sempre primou em acompanhar as exigências do progresso hodierno, deve dispensar atenção especial ao fáto em téla. Numa das primeiras sessões ordinárias que a edilidade realizar no ano em curso, deverá a Câmara apreciar o projeto de lei existente à respeito, de autoria do vereador Durval Sproesser, proposição éssa que trata do assunto óra focalizado. Referimos em nosso comentário anterior, que o projeto deverá ser aproveitado, com alguns retóques. Exemplificaremos nosso ponto de vista: Não tivemos o ensejo de manusear o aludido trabalho, que ainda não se tornou público, porque não foi discutido em plenár