A “Revista do Correio” (27 de março de 1958)

À exemplo do que ocorre todos os anos, estamos agora, conforme já é do conhecimento público, preparando nossa edição especial, em formato de revista, cujo trabalho deverá circular brevemente.

A “revista do Correio de Marília”, conforme é conhecida, sairá à luz êste ano, maior e melhor do que nos anos anteriores. Pelo menos, esta é a nossa intenção e a respeito estamos desenvolvendo atividades.

Um serviço completo de ilustração de “clichês”, apresentando fotografias da Marília, ao lado de vistas da Marília atual, dará bem uma certeza do progresso desenvolvido pela “cidade menina” em seus trinta anos de vida.

Política, sociedade, indústria, comércio, movimento bancário, agricultura e pecuária, tudo enfim, que forma a engrenagem de Marília e a operosidade de sua gente, será amplamente focalizada nessa edição especial, que constitui um brinde tradicional de nosso jornal aos marilienses.

Trabalhos de redação, colaborações habituais, enriquecerão também nossa citada futura apresentação. Será um relato completo, ou quase completo de tudo o que se possa imaginar existir dentro dêste vocábulo – Marília.

Um retrospecto do noticiário do “Correio”, dos primeiros 10 anos da cidade, a história de Marília, desde a idéia de seu nascimento, a estatística completa da cidade de hoje, serão indubitavelmente, os principais atrativos da mencionada edição especial.

Se intenções valerem, temos a certeza de que alcançaremos êste ano os mesmos sucessos dos anos anteriores, quando a receptividade de nossa revista alcançou e ultrapassou as mais otimistas expectativas.

Será um trabalho dificil, como sempre. A ausência de aparelhagem técnica moderna, contribuirá para tornar mais exaustivo um trabalho de tiragem normal de uma revista ilustrada. Entretanto, dentro das possibilidades que dispomos, norteados pela boa vontade e o desejo férreo de bem servir no setor que abraçamos, esperamos superar em parte as deficiências de ordem técnicas, para apresentarmos um trabalho, que, considerado o exposto e guardadas as devidas proporções, nada fique a dever aos melhores objetos do gênero.

Para isso, estamos trabalhando com afinco. Até altas horas da madrugada, permanece em funcionamento nossa redação, confeccionando artigos e elaborando reportagens. O serviço de clicheri(a), dentro do esquema previamente traçado, caminha a passos normais. Igualmente acontece com a composição e a feitura das competentes chapas. Uma união de trabalhos, de diversos setores, num só desiderato: confeccionar uma revista digna dos marilienses e que possa constituir-se um orgulho para a gente de fóra especialmente os que não tiveram ainda o ensejo de conhecer nossa querida cidade.

Nesse particular, confessamos nosso bairrismo. Não um bairrismo obsecado, parcial, mas traduzido num sentimento muito natural de amor pelo torrão que adotamos como lar. Pensamos que assim agem todos os que são, de coração, verdadeiramente marilienses.

Portanto, leitores amigos, aguardem a circulação da já tradicional e apreciada edição de “revista do Correio de Marília”. Temos a certeza de que agradaremos em cheio.

Extraído do Correio de Marília de 27 de março de 1958

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