Publicações Imorais (17 de maio de 1958)

Dos mais entusiásticos vem sendo o apôio publicamente manifestado ao áto do Juiz de Menores da Capital, Sr. Aldo de Assis Dias, acêrca da proibição de publicações imorais e corruptoras à mentalidade infanto-juvenil.

Não se póde negar, que éssa luta, em boa hora encetada, apresenta a condição de uma campanha nobre, cujo fundo é de grande interesse para o próprio futuro do país.

Defender a formação moral da juventude brasileira é assegurar o porvir da própria nação; obrigação intrínsica dos homens de hoje, em relação aos homens de amanhã.

Não é fácil de compreender-se, como possam os interesses de lucro fácil e por meios pouco plausíveis de algumas pessoas, sobrepor-se à segurança da constituição moral de uma juventude. Lucros fáceis e pouco trabalho, barganhados pela corrupção, representados pelas publicações imorais e obcenas, que constituem caminho certo à senda do crime e da desdita social.

Nossos aplausos ao dinâmico Juiz de Menores da paulicéia. Que suas atitudes sejam imitadas por outras autoridades congêneres, sempre zelosas e de atalaia na salvaguarda do futuro das gerações de amanhã.

Os editores interessados, correram a Justiça, impetrando madado de segurança contra o áto do Dr. Aldo de Assis Dias, decisão éssa que deverá ser denegada, certamente, pelo Tribunal de Justiça.

A formação moral de nossa criançada déve ser motivo de consubstancial importância nas pessoas dos responsáveis pela vida pública da nação e disso acaba de dar exuberante exemplo o Dr. Aldo de Assis.

Ninguém ignóra que as publicações licenciosas calam profundamente nos espíritos em formação, espíritos em formação, espíritos jovens, pouco sólidos, eivados de fáceis fantasias próprias da idade tenra e não curada devidamente para as intempéries da vida. Cumprem aos homens responsáveis pela proteção e fiscalização dêsse campo, a defesa do patrimônio moral do Brasil de amanhã.

A guerra, óra declarada, contra os meios de corrupção da juventude e da infância brasileira, deve merecer os aplausos gerais e as colaborações integrais. Aqueles que se dedicaram até aquí aos processos óra combatidos de divulgar licenciosidades e imoralidades em forma de revistecas, devem empregar melhor suas capacidades literárias ou editoras, apresentando um trabalho mais digno, mais honrado, mais louvável e, sobretudo, mais patriótico.

Estamos com o Dr. Aldo de Assis e daquí, désta modesta coluna, enviamos-lhe nossos parabens, cercados de votos de estímulo, para que prossiga néssa caminhada encomiosa, na defesa intransigente do porvir de nossa infância e juventude.

Extraído do Correio de Marília de 17 de maio de 1958

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

O jogo do bicho (26 de outubro de 1974)

O Climático Hotel (18 de janeiro de 1957)

“Sete Dedos”, o Evangelizador (8 de agosto de 1958)