Uma campanha louvavel (7 de maio de 1958)

O dr. Francisco Severino Duarte, diligente delegado adjunto da Regional de Polícia local, já o dissemos e é por todos sabido, deu mostras sobejas de um espírito atinado e trabalhador, em pról do bem estar público, no combate e repreensão ao crime sob suas diversas formas.

Autoridade de escól, é também um cidadão democrático por excelência. Um verdadeiro abnegado dentro de suas responsáveis funções, dedicando-se integralmente ao desempenho do espinhoso cargo.

Não que Marília tivesse ensejos para registrar, em sua história, a passagem por aqui, de delegados de Polícia ineptos ou detentores de qualidades pouco louváveis; nesse particular, a família mariliense sempre foi felizarda. Acontece que o atual delegado de Polícia, apresenta ainda uma atuação mais destacada entre nós, cujos atos são marcados por um rosário de iniciativas encomiosas, pela tranquilidade e bem estar públicos que oferecem.

Exemplo disso, temos mais uma vez, ao conhecermos nobilíssima campanha de esclarecimento e prevenção, encetada pela Polícia, com respeito à criançada mariliense. Primeiro, criando a Polícia Mirim, organismo auxiliar do trânsito e da polícia civil, que procura oferecer meios de trabalho digno à menores, ensinando-lhes forma útil de servir causa nobre. Segundo, chamando as atenções dos pais e responsáveis pela garotada mariliense, com o fito de um necessário controle de todos os afastamentos infantis dos respectivos lares.

Vejam os leitores, a publicação à respeito, divulgada pela polícia em jornais e rádios da cidade, dentro do noticiário especializado da própria polícia:

“ATENÇÃO, SENHORES PAIS E MÃES!”

“Quando seus filhos saírem, procurem saber onde foram, onde estiveram, a que horas saíram de casa, quando regressaram.

“As más companhias corrompem!

“Controlem as cadernetas de frequência escolar. Procurem de quando em vez, os mestres de seus filhos para saberem do seu (a)proveitamento e comportamento.

“São pequenas medidas preventivas, que evitarão futuros aborrecimentos.

“Pais e mestres, combatam por todos os meios as leituras perniciosas!

“O amanhã desta grande terra está nas mãos das crianças de hoje e o amanhã dessas crianças, está nas nossas mãos. Cumpre-nos dar ao menor, proteção e amparo que o leve a ser feliz e útil à sociedade”.

O apêlo acima, traduz uma grandeza inequívoca de boas intenções.

É necessário que reconheçamos nisso, uma campanha policial das mais louváveis.

Poucas vezes vemos exemplos dessa natureza, em que pese a polícia toma medidas preventivas e justas para evitar-se resvalos de ações das nossas crianças.

Poucos tópicos contém tudo, dentro do apêlo da polícia, com respeito à segurança e o andamento pelo bom caminho da criança mariliense, os homens que guiarão Marília nos dias de amanhã.

Cooperar e atender essas sugestões, só representarão bons frutos, uma vez que a idéia é nobre, humana e louvável, sobretudo, necessária e bem intencionada.

Nossos parabéns.

Extraído do Correio de Marília de 7 de maio de 1958

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