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Mostrando postagens de julho, 2010

O novo Colégio Estadual (31 de julho de 1958)

Embarcou ontem (30 de julho de 1958) para São Paulo o prefeito Argollo Ferrão, conforme fôra noticiado. Na Capital, dentre outros assuntos a serem tratados pela Chefe do Executivo mariliense, que dizem respeito direto aos interêsses de Marília, figurará a lavratura do contrato de empréstimo entre a municipalidade e o Instituto de Previdência do Estado de São Paulo, no montante total de 10 milhões de cruzeiros, para a construção do novo prédio destinado ao funcionamento do Colégio Estadual e Escola Normal de nossa cidade. O novo edifício escolar ficará situado no Jardim Maria Isabel, em terreno próprio já doado ao Estado, através de lei votada pela edilidade local. Sua obra está orçada em Cr$ 10.600.000,00 e caberá à Prefeitura a execução da mesma, pelo sistema de sub-empreitada, de conformidade com concorrência pública já encerrada oficialmente. O início da construção dar-se-á dentro de 30 dias a contar da data da lavratura do contrato respectivo. Sempre gostamos de destacar, desta de

Café (30 de julho de 1958)

Cafeicultores de Marília e de outros centros, como Garça, Baurú, Piraju, Vera Cruz, Cafelândia, Lutécia, etc., reuniram-se domingo (27 de julho de 1958) em nossa cidade, sob o patrocínio da Comissão de Defesa do Café, da Associação Rural de Marília. Em síntese, a aludida assembléia objetiva a luta pela manutenção dos preços da rubiácea que vigoraram no ano findo e pela extinção do chamado “confisco cambial”. Igualmente, no mencionado conclave, ficaram assentados os pontos seguintes: Coordenar, com o Estado do Paraná, a “Marcha da Produção”; Manter contacto permanente do Govêrno do Estado, entidades dirigentes da lavoura cafeeira e associações rurais; promover amplo plano de esclarecimento à opinião pública; e providenciar, junto à FARESP e associações da classe ruralista, a constituição de comitês estaduais e regionais, para, juntamente com o movimento óra em vigência no Estado do Paraná, desenvolver campanha de apôio ao Governador Jânio Quadros, em face de suas atividades em pról das

Eleitores de Marília (29 de julho de 1958)

Apresentando um apreciável índice de compreensão e acêrto públicos, o Cartório Eleitoral local encerrou suas atividades de qualificação de eleitores. 18.900 marilienses estão áptos ao exercício do voto livre, democrático e independente, já no próximo pleito de 3 de outubro, quando serão escolhidos o sucessor do Sr. Jânio Quadros, os deputados estaduais e federais de nossa cidade e região. Poderia ser maior essa cifra, uma vez que muita gente, em idade regular de inscrever-se eleitora, deixou de faze-lo por quaisquer motivos, bem como, inúmeras donas de casa, cuja obrigação nesse sentido é facultativa, igualmente não se qualificaram. Em todo o caso, o número é relevante e não deixa de apresentar o seu aspecto grato, pois traduz indiscutivelmente que os marilienses, em sua maioria, procuraram cumprir êsse dever cívico da obtenção desse precioso documento, dentro do prazo legal preceituado. No ensejo, ao apresentarmos congratulações a todos os novos eleitores marilienses e aos funcionário

Um bar que poderia servir melhor (26 de julho de 1958)

Existe na Estação da Paulista, um bar moderno e bem montado, mas que poderia, indiscutivelmente servir melhor ao público viajor. De acôrdo com o que conseguimos apurar, junto a funcionários de categoria da citada estrada de ferro, o proprietário do mencionado estabelecimento firmou documento de fé, pelo qual o bar referido deverá estar aberto por ocasião de passagens dos trens, em qualquer sentido e em qualquer horário. Não está sendo cumprido à risca esse compromisso que representa interesses menos para os ferroviários do que para o público em geral. Um comboio que deixa São Paulo demandando à Adamantina, para por Marília por volta das 3 horas da madrugada. Essa composição desliga o carro restaurante em Bauru, lá pelas 23 horas. Muita gente que continua a viagem, sofre a grande decepção, de, quasi sempre, encontrar fechado o mencionado bar, numa hora em que muitos desejariam tomar café, comprar cigarros ou outras coisas correlatas. Quando isso sucede, o que não tem sido muito raro, os

Trabalha a União Eleitoral Mariliense (25 de julho de 1958)

Póde ser que não dêem os resultados que déla se espera, mas a verdade é que a União Eleitoral Mariliense, organismo fundado por um grupo de idealistas e amantes de nossa cidade está trabalhando ativamente em defesa de um nobre ideal. Todas as terças feiras os seus membros se reunem, traçando os planos para a semana porvindoura e pondo-os imediatamente em execução. Não existem ali nomes a destacar, dos que trabalham dentro de suas fileiras. Todos, indistintamente, se empregam a fundo e procuram alertar a opinião publica, da necessidade que urge, no sentido de que o eleitorado local saiba consignar seus votos a gente da terra no próximo pleito eleitoral. Trabalho patriótico, sem dúvida. Lutar pela defesa dos interesses de um núcleo e de um povo, merece louvores. É preciso, no entanto, que os marilienses bem se apercebam dessa contingência, cerrando fileiras em torno desse idealismo sadio, votando nas eleições que se avisinham em nomes de nossa cidade. Procuraremos eleger, désta vez, noss

Ainda o “caso” dos “pracinhas” (24 de julho de 1958)

Ainda o “caso” dos “pracinhas” (24 de julho de 1958) Temos recebido uma série de cartas de solidariedade de bondosa gente mariliense, acêrca do assunto que por várias vezes focalizamos e que diz respeito aos excessos cometidos pelos govêrnos e grande parte do próprio público, com alusão as manifestações de gratidão aos campeões de futebol do mundo. Sabíamos, de antemão, que tal sucederia, porque ainda cremos na existência de gente sensata e desapaixonada, especialmente aquêles que são neutros na questão. Agradecemos aos amigos que nos tem estimulado a continuar com as “broncas” e agradecemos também as manifestações de apreço e solidariedade recebidas. Um leitor fez-nos uma observação de que o assunto deveria ser defendido também por aquêles que não sendo “pracinhas”, não são também campeões mundiais de futebol. Informamos que a questão está sendo também advogada por diversas outras pessoas, inclusive por senadores, deputados federais e estaduais. Não foram poucas as vozes que se levant

Nova guerra? Os “pracinhas” não irão... (23 de julho de 1958)

Pergunte o leitor a um “pracinha” se êle irá, espontaneamente outra vez às armas, no caso do Brasil entrar em nova guerra. Indague de algum daqui ou de fóra, para que não venha a pensar que êste artiguete foi escrito depois de convencimento com os ex-combatentes radicados em Marília. Indague ao mesmo, que seja sincero e responda a pergunta. Depois raciocine sôbre a resposta que receber. Temos a certeza de que nenhum dirá a você, leitor amigo, que está disposto a pegar em armas novamente para defender o Brasil. Se já, antes, por motivos de saúde, de mágua da ingratidão dos govêrnos, o mesmo não sentia mais em seu peito, aquela chama incandescente do patriotismo adquirido nos bancos escolares e nas instruções militares de pré-guerra, muito menos agora, após os excessos verificados no reconhecimento aos campeões brasileiros de futebol. Poderá parecer falta de patriotismo, mas como se justificará essa falta se ela já foi provada sobejamente? Como compreender isso que parecerá falta de amor

Atenção, eleitores! (23 de julho de 1958)

Amanhã (24 de julho de 1958) , encerrar-se-á o prazo legal, para a obtenção de novos títulos eleitorais sem multa. Portanto, os que ainda não completaram éssa obrigação nacional, terão apenas dois dias para faze-lo (hoje e amanhã). Ninguem deverá, estando em idade e condições de regularizar a sua situação de eleitor, deixar de efetivar éssa necessária medida de brasilidade. O brasileiro sem título é um homem desarmado. Para quasi todas as funções de hoje, é exigido ao cidadão a prova de eleitor e a corroboração de que votou nas eleições pretéritas. Esse é o lado oficial, o prisma legal. Ha ainda outro aspecto, que é o prático, o preciso, necessáriamente indispensável: a condição de cada qual de per sí armar-se devidamente para votar e escolher os seus futuros dirigentes, os legisladores do porvir. Marília, na consecução desses serviços, está de parabens. Mais de 20 mil novos eleitores foram inscritos pelo Cartório Eleitoral local, numa prova de que os marilienses estão conscios de sua

Os “pracinhas” tem razão (22 de julho de 1958)

Tudo transborda, após um limite. Têm razão “pracinhas” da FEB, que óra clamam publicamente contra os descasos dos govêrnos, quando está provado que êstes os relegaram a um indiferente plano secundário, no reconhecimento comum, olvidando-se de que os ex-combatentes souberam cumprir o dever pátrio. Muitos infelizes (o têrmo mais próprio, sem nenhum pejorativismo, seria “desgraçados”), valendo-se de preceitos legais, tentaram, inutilmente, apesar de amparados por leis vigente, obter empréstimos para aquisição de casa própria; não conseguiram. O Presidente da República solicita um crédito de 22 milhões de cruzeiros, para doar uma casa a cada um dos jogadores campeões do mundo, no valor de até um milhão. Nenhum “pracinha”, até hoje, pediu, como esmola, uma casa para morar e abrigar sua família. Os ex-combatentes não pediram favor também; pediram apenas e unicamente, o cumprimento de leis. E quem deixou de cumprir as leis a respeito foram os próprios govêrnos; melhor dizendo, foram exatament

A “bronca” dos “pracinhas” (19 de julho de 1958)

Existem motivos justificados referentes à “bronca” dos “pracinhas” da FEB, acêrca da manifesta e patente indiferença dos govêrnos, com alusão aos seus serviços prestados à Pátria e às recomendações tributadas atualmente aos campeões de futebol de 1958. Que fique bem claro: os ex-combatentes nada têm contra os craques de futebol, óra detentores do título de campeões mundiais do referido esporte. A mágua dêsses rapazes fundamenta-se no descaso dos poderes governamentais, com referência ao amparo legal que aos mesmos assiste e que não foi e nem está sendo cumprido. As leis a respeito estão sendo relegadas e esquecidas, de maneira aparentemente proposital porque um testo legal não póde ser ignorado, principalmente quando invocado diretamente à um poder constituido. Os ex-combatentes, em sua maioria, estão desamparados, doentes, desajustados. O tempo, que sempre tem sido o melhor remédio dos males humanos, não tem feito nada para atenuar os sofrimentos dessa gente, e, pelo contrário, os tem

“Craques” & “pracinhas” (16 de julho de 1958)

Voltamos ao assunto. Tornamos, porque temos o direito de comentar o fato e porque de nossas dissertações acêrca da questão óra em foco, se não surgirem quaisquer efeitos que venham colocar, no devido lugar do reconhecimento oficial, alguns milhares de ex-combatentes da FEB, pelo menos, muitos brasileiros tomarão ciência dos descasos com que os heróis brasileiros da II Grande Guerra Mundial foram tratados. Dirigimo-nos hoje à certa parte do comércio brasileiro. Para delinear uma diferença flagrante no espírito de gratidão de muita gente para com os “pracinhas”. E afirmamos que estamos em condições de fazer prova de tudo aquilo que temos escrito, que estamos escrevendo ou que viermos ainda a comentar com referência ao descaso e as injustiças para com os “pracinhas”. Esta observação é necessária, porque em absoluto pretendemos oferecer qualquer margem a interpretações errôneas ou malévolas. Centenas de firmas de nosso comércio e indústria, homenagearam os craques nacional da “Taça Jules R

Ainda os “pracinhas” (15 de julho de 1958)

Verdadeiramente, o autor destas linhas pode ser considerado suspeito para comentar o fato desta crônica, como “pracinha” que é. Entretanto, para os que sabem melhor compreender a função do jornalista e interpretar suas atividades imparciais no abordar um assunto, a questão muda de figura. Voltamos ao assunto, em virtude de termos recebido incontáveis manifestações de apreço, tanto de “pracinhas” como de suas famílias, políticos, amigos e outros marilienses. E, sem falsa modéstia, dizemos que ficamos desvanecidos com a solidariedade que nos chegou, sem termos recebido u’a única manifestação de ponto de vista contrário. Um amigo ficou admirado, de que em nosso comentário anterior, tivéssemos afirmado que quando da chegada dos “pracinhas” nem todos receberam sequer um passe de segunda classe para retorno aos seus lares. Pois aconteceu, realmente. E é fácil averiguar, aqui mesmo em Marília, onde existem mais de 20 ex-combatentes. Com referencia ao número de leis de amparo aos “pracinhas” d

Depois da fritura dos óvos... (12 de julho de 1958)

Sim: vamos primeiro fritar os óvos para depois ver a gordura que sobra. Não é de nosso feitio endeusar Pedro ou Paulo nesta coluna, como, igualmente, não combatemos ninguém em têrmos pejorativos ou de carater simplista. Quando discordamos de alguém ou de alguma ação, dizemo-lo publicamente, em têrmos. Por isso, voltamos a referir-nos ao fato de algumas eivas de demagogia barata e interêsses pessoais de apetite eleitoreiro, tão comuns na época atual. Pessoalmente, não temos preferências ou antipatias contra nenhum dos nomes óra em foco para a disputa do páreo das eleições de 3 de outubro. Nosso ponto de vista já foi exteriorizado incontáveis vezes, através desta coluna: desejamos que Marília seja representada no Parlamento Nacional, por um homem de nossa cidade. E tivemos o topete de discriminar a diferença entre um “legítimo” representante de Marília e um “autêntico” representante de nossa cidade. Inclusive respeitando os direitos eleitorais de quem-quer-que seja e ressalvando ainda as

Os campeões e os “pracinhas” (11 de julho de 1958)

À primeira vista e para os menos avisados, o assunto de hoje poderá representar ciumeira, vulgarmente chamada de “dor de cotovelo”. Se analisarmos conscientemente e com isenção de quaisquer ânimos, verificaremos então que tal não acontece. O Brasil acaba de sagrar-se campeão mundial de futebol. Com méritos indiscutíveis, diga-se de passagem. Em absoluto somos contrários às manifestações de simpatia e apreço que se tributaram aos jogadores do selecionado nacional de futebol. Apenas, no empavonamento publico e patenteado a todos os integrantes do “onze” brasileiro, estamos em desacordo com a flagrante injustiça óra irrefutavelmente existente, entre o reconhecimento tributado aos campeões do mundo e a gratidão dispensada oficialmente aos “pracinhas” da FEB. No tocante às manifestações públicas, os “pracinhas” não têm queixas, porque foram recepcionados com carinho, abraços e até beijos. A queixa dêsses rapazes, cuja maioria apresenta hoje condições de desamparo, desajustamento social, alg

Curso Cientifico Noturno (9 de julho de 1958)

Inegavelmente, Marília vai aos poucos ganhando terreno no setor educacional e ombreando-se aos mais cultos centros interioranos. Os efeitos das lutas passadas, despertaram os olhares dos governantes, incrementaram a assiduidade das contendas e dos interesses dos locais e principiam a florescer, proporcionando simultaneamente excelentes frutos. Nesse sentido, acaba Marília de ser aquinhoada com mais um oportunismo curso educacional, representando pelo científico noturno que funcionará anexo ao Colégio Estadual e Escola Normal de Marília, já no ano vindouro. Inumeráveis benefícios e facilidades proporcionará o mesmo, à centenas de jovens, não só de Marília como tambem da região, que, ávidos do saber, se viram impossibilitados de continuidade de estudos, por motivos vários, sendo o principal de ordem pecuniária. Com sacrificios, é verdade, muitos jovens que necessitam trabalhar para subsistirem ou auxiliar a manutenção de suas famílias, terão agora uma belíssima chance de prosseguimento d

Falta de civismo (5 de julho de 1958)

Marília viveu dois dias quasi inteiro e mais de uma semana de preparativos, com respeito ao áto de exumação e trasladação dos despojos de José Vicente Ferreira, heroi mariliense do Movimento Constitucionalista de 1932. Todas as autoridades municipais, todos os órgãos de imprensa e rádio, todos os veteranos de 32 que residem em Marília e que puderam, prestigiaram de um ou outro módo o acontecimento. O desenrolar do fato não foi nada festivo, como jamais poderia ser. Foi uma solenidade simples, de respeito, de gratidão. Nós, por nosso turno, demos o nosso fraco apoio ao transcorrer das solenidades e o fizemos plenos de convicção de que o áto foi nobre, porque significou um motivo de reconhecimento a uma heroi que soube, como sua própria vida, dignificar o nome de Marília, num movimento armado, embóra dentro de u’a mesma Pátria. Não nos compéte, como pensamos que a ninguem deva interessar presentemente, analisar motivos decorrentes do acontecimento, porque na ocasião, o mesmo teve a sua r

O perigo das passagens de niveis ferroviarios... (4 de julho de 1958)

No ról dos acontecimentos desagradáveis e trágicos registrados pela crônica policial da cidade, figuram diversos desastres ferroviários, verificados nas passagens de níveis da linha férrea, em variados pontos. Não é de hoje que abordamos o problema referente à necessidade de providências a fim de solucionar-se essa questão, com a construção de passagens desses níveis do leito da Paulista. Os poderes municipais, igualmente, tem envidado esforços a respeito e o problema continua insoluvel, desafiando a argúcia e a execução a contento. No dia de ontem, mais um fato desse jaez verificou-se em Marília. Desta vez, no cruzamento existente nas proximidades da Fábrica de Oleo da firma “Anderson Clayton & Cia.”. Por pouco, não teriamos que registrar a ocorrência com o desagradável dever de informarmos a perda de duas vidas, que, felizmente, conseguiram salvar-se, embóra um veículo houvesse ficado completamente inutilizado. O ex-mariliense Sr. Ernesto Polido, atualmente residindo em Paraguaçú

Homenagem Postuma (3 de julho de 1958)

No ról dos acontecimentos de importância da história de Marília, em parte que tange à gratidão, respeito e reconhecimento, a cidade operará hoje (3 de julho de 1958) por sí só e por outras pessoas, uma atitude bastante significativa. Lógo mais, na Necrópole Municipal, perante as autoridades constituídas do município, representantes da imprensa e rádio e de entidades de classe, delegados especiais da Sociedade dos Veteranos de 1932 com séde em São Paulo, do Clube Piratininga e do Centro Acadêmico XI de Agosto, da Faculdade de Direito de São Paulo, serão exumados os despojos do herói mariliense da causa constitucionalista, José Vicente Ferreira. A urna será encaminhada à edilidade local, onde permanecerá em Câmara Ardente até o dia de amanhã, quando, após a Missa que será celebrada por D. Hugo Bressane de Araujo, Arcebispo-Bispo de Marília, viajará para São Paulo, conduzida pelo cortejo, quando será depositada no Pantheon Constitucionalista do Ibirapuera. Assim, os despojos daquele que

Uma conquista gloriosa (2 de julho de 1958)

Já para ninguém é ignorada a repercussão tão agradável que domina os marilienses e que diz respeito a éssa conquista gloriosa para nossa cidade, que é a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras. Aí está o resultado de uma luta insana, com os esforços dos seus batalhadores premiados. Aí temos também, a garantia futura da formação de novos e categorizados mestres, de Marília e região, para o preparo do mundo estudantil do futuro, com maior facilidade do que até aqui vinha acontecendo. Prefeitura, Câmara Municipal, entidades de classe, associações de estabelecimentos educacionais e respectivas diretorias, desfraldaram, ao lado de uma plêiade de estudantes marilienses, éssa bandeira da criação e instalação da Faculdade de Filosofia. Ao lado dêsse exército, formou desde 1945, o “Correio de Marília”, sempre procurando colaborar com a contenda, divulgando os clamores dessa justa reivindicação, fazendo-se representar pessoalmente junto aos Campos Elíseos e divulgando ao público as ocorrências

“Férias” dos deputados (1º de julho de 1958)

Temos visto, seguidamente, os comentários pouco lisongeiros formulados pela imprensa paulistana, acêrca do fato de, ultimamente, o Palácio 9 de Julho viver “às moscas”, com muitas sessões ordinárias não podendo ser realizadas por falta de “quorum”. E as mesmas notícias acrescentam que a “pasmaceira” reinante no plenário da Assembléia, com o número diminuto de parlamentares que alí compareceram religiosamente origina-se do fato de muitos deputados estarem viajando pelo interior, empenhados em trabalhos de reeleição. Certa vez, ao comentarmos o fato de que determinado deputado paulista, com assento ao Palácio Tiradentes apresentava o contundente índice de ser o mais faltoso na Câmara Federal, recebemos missiva do mesmo, justificando as suas constantes ausências como decorrentes do tratamento de suas obrigações particulares. Óra, quem tem negócios particulares de monta e que não lhe permitem exercer com assiduidade as obrigações parlamentares, por certo melhor obraria se deixasse de candi