Eleições à vista (13 de agosto de 1958)

Menos de dois meses nos separam do pleito de 3 de outubro, quando os marilienses deverão comparecer às urnas, visando eleger seus governadores e deputados estaduais e federais.

Convém sempre estar bem lembrado, de que existe necessidade irretorquível em que todos os eleitores locais se atenham ao pensamento único de que Marília deve eleger, desta vez, seus legítimos representantes. Convém não esquecer de que é um dever moral o consignar-se os votos aos marilienses legítimos e, não, aos candidatos alienígenas, especialmente aquêles que para Marília e seu povo só apresentaram promessas e discurseiras inúteis.

Está a cidade credenciada a ser bem advogada nos parlamentares – estadual e federal. Nomes capazes, honrados, de pessoas trabalhadoras, fazem parte do ról (meio grandinho, diga-se de passagem), dos marilienses óra disputando o páreo eleitoral referido.

Urge a centralização de votos em torno dos nomes conhecidos, para que consigamos, désta vez, tirar da orfandade parlamentar e política a nossa cidade de Marília. Urge a coesão de todo o eleitorado mariliense, néssa cruzada de redenção política de nossa terra e nossa gente, velha aspiração dos marilienses patriótas.

Estamos fartos, assim como todo o povo désta terra, de engodos eleitoreiros, de promessas de caçadores de votos. Estamos saturados da permanência de orfandade política que de há anos identificada Marília no cenário legislativo federal e estadual.

Precisamos e podemos, com regular facilidade, consertar os erros do passado, reencetar a méta déssa caminhada que deveria ter sido empreendida há muitos anos pretéritos.

3 de outubro está praticamente às portas. Não existirão motivos sensatos para desculpas posteriores em viabilidade de não conseguimento desse ideal, porque o público em geral está devidamente esclarecido. Todo o mariliense de boa razão, sabe de sobejo que a luta em fóco é justa e digna. Sobretudo, bem mariliense. Aí estão as razões porque ninguém deve abandonar os candidatos da terra, para consignar votação em torno de gente de outras plagas. Não que não existam, no rosário daqueles que aquí aportam, solicitando votos, gente de bem, capaz e bem intencionada. Acontece que no caso, o coração não deve intervir. Devemos ater-nos ao fato de que Marília tem possibilidades de eleger, desta vez, legítimos representantes. E o fará, temos a certeza, se existir compreensão e boa vontade do eleitorado local. Este, só este, é agora o responsável pela eleição ou não de nossos advogados legítimos aos Palácios 9 de Julho e Tiradentes.

Extraído do Correio de Marília de 13 de agosto de 1958

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