Precisamos de mais um posto de abastecimento do Sesi (19 de março de 1959)

Não há muito, escrevemos sôbre a necessidade do Serviço Social da Indústria voltar suas vistas para Marília, instalando em nossa cidade, maia um de seus bem organizados Postos de Abastecimento.

Nosso escrito encontrou favorável repercussão entre os industriários marilienses, uma vez que, seguidamente, temos sido procurados, para que continuemos a dirigir o referido apêlo a quem de direito. Isto quer dizer, sem sombra de dúvidas, que a interessada aguarda, confiante, as atenções do SESI nesse particular.

Todos sabem que já possuímos um dêstes Pôstos, localizados na Rua São Luiz. Trata-se de um estabelecimento de primeira grandeza dentro do âmbito de interêsse de uma grande e laboriosa classe, como é a classe dos industriários. Acontece que em virtude da densidade demográfica de Marília, a localização de uma única dessas casas na cidade, coloca em dificuldades diversas famílias de industriários, em face à sua localização. Uma só dessas casas é insuficiente para nós. Nessas condições, bem obraria a alta direção do SESI, se se dignasse atender ao apêlo que fizemos (e que hoje já representa uma legítima reivindicação da classe industriária), instalando mais um Pôsto de Abastecimento, localizado em outro ponto da “urbe”, num local que poderíamos chamar de “ponto estratégico” e que viesse servir aqueles que, por residirem ou trabalharem distanciados da atual localização, tivessem assim a facilidade de se utilizar dêsse novo melhoramento.

Não será necessário afirmar-se que Marília cresce e se expande dia a dia e que em certos casos, torna-se difícil a locomoção das gentes, até determinado ponto, para a aquisição de gêneros alimentícios, pelos preços abaixo da cotação normal, conforme são fornecidos aos industriários pela Casa em referência.
O assunto merece ser apreciado devidamente pelo pessoal especializado do Serviço Social da Indústria, organismo que sempre primou em bem representar uma classe digna e grandiosa. E se o Sesi sempre pautou êsses princípios, que são, na realidade uma das principais metas de sua própria organização e existência, acreditamos que nosso apêlo há de encontrar, a esperada guarida por parte de seus dirigentes e responsáveis.

A questão, repetimos, é digna de apreciação e de estudos. Suas razões são facilmente explicáveis, facilmente aceitáveis e também facilmente discutíveis.

Ao tornarmos ao assunto, queremos esclarecer que o fazemos em atenção ao éco que nosso primeiro artiguete encontrou e às manifestações de esperança que a idéia alcançou dentro da classe interessada. Significa isto, que o grande número de industriários de Marília, os diretamente interessados e portanto dignos dêsse atendimento, estão confiantes em que a alta direção do Serviço Social da Indústria há de vir de encontro aos reais, mais amplos, mais fáceis e melhores interêsses da grande classe.

Isto delineado, resta-nos a certeza e mesmo a confiança de que o apêlo que óra reiteramos, venha a alcançar a devida consideração e os indispensáveis estudos nêsse sentido, de vez que se refere a um clamor que acreditamos justo e inegável e que se destinará a favorecer, de maneira mais direta e legal, diversas famílias de industriários da cidade.

Aquí fica mais êste rôgo. À êle, anexamos ainda nosso empenho de urgência nesse particular e a garantia de que se trata de um pedido com fundamento lógico e de necessidade inquestionável.

Com a palavra os senhores responsáveis por essa máquina estupenda que se chama Serviço Social da Indústria.

Extraído do Correio de Marília de 19 de março de 1959

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