Pingos e respingos esportivos (29 de janeiro de 1960)



Domingo vindouro (31/1/1960), o alvi-rubro mariliense dará combate ao alvi-anil sorocabano, pela segunda rodada do returno do Torneio dos Campeões. O São Bento, que não apresenta o mesmo plantel que iniciou ou concluiu o certame da “segundona” pela série “Paulo Machado de Carvalho”, onde obteve brilhante segundo lugar, não apresentou muita felicidade no super-certame óra em vigência. Sem Zizinho, Paulinho, Ceninho, Gelson, Pedro e ultimamente mesmo Paulo Rezende, o alvi-rubro teve que “fazer das tripas coração” e lançar mão de elementos reservas e amadores. Essa, dizem, é a primordial justificação dos insucessos seguidos do quadro mariliense no atual campeonato.

Como se sabe, o São Bento, de Sorocaba, é também um time considerado fraco. O alvi-rubro deverá bater o esquadrão sorocabano por larga margem de gols, a fim de prestar aquilo que poderia chamar-se de “homenagem do clube” à sua “torcida”. Isso é o que todos esperam.

--:--

Por falar em fragilidade de plantél, sabido é que o alvi-rubro não cogitou de fazer novas contratações para suprir as faltas deixadas por alguns jogadores que já debandaram e que acima foram citados, porque o quadro não poderia apresentar no Torneio dos Campeões, jogadores outros que não os foram convenientemente inscritos no campeonato recentemente findo. Essa situação, portanto, perdurará até o término do atual certame, pois mesmo que o S. Bento contratasse o próprio Pelé, êste não poderia defender o São Bento no Torneio dos Campeões.

--:--

Mesmo assim, a direção sambentista, na ocasião de renovar o plantél para o próximo campeonato da primeira divisão não deve esquecer de prestigiar os elementos da terra. Assim é que Afrânio, Pompeu, Geraldo, Nenê e outros.

--:--

Já que falamos em prestígio, justo é que se reconheça, mesmo face à contingências especiais, que Amauri e Zequinha foram os elementos que maiores “chances” e oportunidades tiveram no plantel sambentista!

--:--

Bassú, o extraordinário médio esquerda sambentista, um dos jogadores mais firmes e harmoniosos do plantel alvi-rubro, desde que realizou o primeiro ensaio sambentista frente ao XV de Novembro do Jaú, até hoje está no time, não tendo ficado fora um jogo sequer, seja de campeonato, seja amistoso. Bassú é merecedor, por isso, de muitos louvores.

--:--

Partida excepcional disputou o goleiro Celso, domingo último em Guaratinguetá. O “Gilmar preto” está atravessando uma forma espetacular e se constituindo num ponto alto do plantel alvi-rubro.

--:--

Pacheco não correspondeu domingo passado, jogando como “ponta de lança”. Estranhou a crônica, que sendo Pacheco um profissional experimentado, não tivesse o mesmo pelo menos procurado colocar-se nas proximidades da área contrária, com a intenção que fôsse de “atrapalhar” no mínimo o centro médio ou o zagueiro central da Esportiva de Guará.

--:--

Cumprindo pena imposta pelo TJD da FPF, o estupendo meia Waltinho não atuará contra o clube de Sorocaba domingo vindouro. Waltinho só será lançado no dia 7 de fevereiro, contra o S. C. Corinthians, na cidade de Presidente Prudente.

--:--

Oia, o massagista (suplente de Manja), é colecionador de pedras. Os fãs do São Bento e do Oia, poderão brindá-lo com objetos dessa curiosa coleção. Oia coleciona pedras de qualquer tipo, mesmo paralelepípedos. As únicas pedras que o massagista não aprecia são as pedras de rins e de bexiga.

Extraído do Correio de Marília de 29 de janeiro de 1960

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

O jogo do bicho (26 de outubro de 1974)

O Climático Hotel (18 de janeiro de 1957)

“Sete Dedos”, o Evangelizador (8 de agosto de 1958)