Kobes, a fiação mariliense (7 de agosto de 1973)
O jornal “Diário de
Notícias”, do Rio de Janeiro, edição de 31 do último mês (julho), em sua página
9, na secção “Diário Econômico”, publica:
“Dois grupos econômicos
japoneses – Marubeni e Kobe Kiito – e um brasileiro – Zillo Lorenzetti – criaram
ontem, em São Paulo, uma empresa agroindustrial, com séde em Marília, para se
dedicar à produção de seda natural. O investimento inicial é de Cr$ 1 milhao,
mas até 1976, deverá situar-se em Cr$ 10 milhões”.
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Mesmo órgão da imprensa
carioca, do dia 2 último, à página 5, na coluna “Periscópio”, uma das mais
importantes secções econômicas do mesmo diário, abriu a coluna com a seguinte
manchete: “Poderoso grupo japonês vai fazer seda em SP”.
E a seguir, a notícia assim
redigida:
“Ao contrário das previsões
pessimistas, todos os dias surgem notícias de investimentos estrangeiros no
Brasil. Agora surge a informação, sem maiores detalhes, mas verídica, de que um
poderoso grupo japonês, reunindo duas “tradings” de fama – Marubeni e Kobe
Kiito – deverá instalar-se na cidade paulista de Marília. O investimento será
da ordem de quatro milhões de dólares, para a montagem da maior fiação de seda
da América Latina. Em sua primeira fase, a indústria precisará, no mínimo, de
500 toneladas de casulos por ano. Uma área de quatro mil alqueires deverá ser
utilizada para produzir 2,5 milhões de toneladas de casulos/ano, para suprir os
primeiros cinco anos. E com vantagem de que em Marília todos falam japonês”.
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Por aí, poderão verificar os
leitores, da alta importância e do significado indústrio-econômico, da futura
Kobes mariliense.
Bem como aquilatar, da
representação que a referida indústria traduzirá, no campo econômico e na
demanda de mão de obra. Em outras palavras, giro capitalício, trazendo divisas
para a cidade e carreando numerários para o erário público, representado por
tributos.
Mais do que isso, promovendo
e projetando Marília, em breve, não só no mercado nacional, como também
internacionalmente.
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Como bem disse o “Diário de
Notícias”, será “a maior fiação de seda da América Latina”.
Como anteriormente havia
afirmado o Governador Laudo Natel, a Kobes representa a sementeira, pois outras
empresas agroindustriais virá a seguir.
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É Marília, em ritmo de
crescimento, aumentando e valorizando o seu já expressivo parque manufatureiro,
um dos mais importantes da hinterlandia.
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Marília oferece todas as
imagináveis condições para ampliação de seu parque industrial. Ligada à São
Paulo e grandes centros consumidores, por excelentes rodovias. Além disso,
apresentando abundância e facilidade de dois fatores importantíssimos para o
sediamento de grandes indústrias: água e energia elétrica.
A cidade não tem preocupações
alguma, com respeito ao suprimento de água para fins diversos, inclusive os industriais.
Por outro lado, no que tange à energia elétrica, é suficientemente bem servida,
existindo previsões, tanto em um como em outro campo – água e energia – para
que não haja falta ou escassez, em logo e distante porvir.
Isto é muito importante.
Representa um ponto-básico,
para todo e qualquer grande indústria.
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