Outro supermercado (29 de agosto de 1973)



Deve estar fazendo uns doze anos, mais ou menos.

Através desta mesma coluna, descobri pela primeira vez a tela da necessidade de adotar-se em Marília, o sistema de comércio de supermercados.

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Certa feita, há muito tempo, tive a chance de visitar o recém-inaugurado supermercado Vem-Cá, na cidade de Sorocaba. Sito num bairro distante do centro.

Como bom mariliense, sabendo que Marília deveria contar e não contava com um estabelecimento desse gênero, senti “inveja” e discriminei, ao meu regresso, o pensamento dessa carência.

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O comerciante Júlio Giaxa dispunha-se na região a vender o Bar Sta. Isabel e montar um novo estabelecimento, que hoje é o Bar Yara.

Sugeri ao Julinho, que ao invés de bar, ele utilizasse o prédio da Rua 9 de Julho, na Cascata, para instalar um supermercado, que seria o primeiro da cidade.

Julinho achou ótima idéia, mas alegou que já havia iniciado a reforma e que, inclusive, uma parte do imóvel deveria ser locado para a instalação da agência da Caixa Econômica Estadual, que até hoje não foi criado no Bairro Cascata.

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Mais tarde, sugeri a formação de um grupo associativo entre capitalistas da cidade, para a instalação de um supermercado no prédio onde hoje está instalada a Padaria Xereta.

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Depois, ainda voltei a tocar no assunto, indicando o prédio que pertenceu à Sambra, na Avenida, “pegando” também a Rua 4 de Abril.

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O Sesi parece que tomou a iniciativa.

Pastorinho acabou por instalar um excelente supermercado, agora em fase de reforma total, que tomará dois lados de um quarteirão.

Surgiram o São João, o Brasil e o Pereira, enriquecendo e modernizando o comércio varejista mariliense.

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Há mais de três anos, destaquei desta coluna, com a mais absoluta prioridade, que as Indústrias Matarazzo iriam montar, na populosa Vila São Miguel, um moderno, funcional e amplo supermercado.

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E aí está a confirmação da notícia, que tive o ensejo de ser o primeiro a divulgar.

Na próxima sexta-feira, dia 31, vai ser inaugurado em Marília o Hipermercado Superbon, de propriedade do Matarazzo.

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Para quem gosta de Marília, para quem se interessa pelo desenvolvimento da cidade, para quem se orgulha do progresso, do dinamismo da Capital da Alta Paulista, a notícia é alvissareira. Mais do que isso, prova eloquente e irreversível da pujança do comércio mariliense.

Uma demonstração, por outro lado, que as Indústrias Reunidas F. Matarazzo confiam em Marília e no seu progresso.

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Da mesma maneira que parabenizo o Pastorinho, São João, Brasil, Pereira e Sesi, além do correlato Santa Fé, estou consignando parabéns, confiança e estímulo aos dirigentes do Superbon, que a partir da próxima sexta-feira estará com suas portas abertas, servindo o grande público mariliense.

É o comércio de Marília em alastramento progressivo.

É a cidade crescendo, esnobando a pujança de engrandecimento, que, a exemplo do próprio Brasil, não pode parar.

Extraído do Correio de Marília de 29 de agosto de 1973

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