A Fiação, afinal (1º de setembro de 1973)
Ouvi pelo rádio, parte da
sessão de nossa Câmara municipal, na noite de quinta feira última. Devido a uma
falha antiga no sistema de inter-comunicações internas, quem “assiste” os
trabalhos camarários, nem sempre consegue ouvir todos os apartes dos
vereadores, dirigidos aos que (se) encontram na
tribuna.
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Com respeito a apreciação e
votação do projeto de lei, visando a aquisição, de área discriminadas e
especifica, para a instalação da Industria de Seda Kobes, aqui fica consignado
um voto de louvor de minha parte.
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Muito zelosa e perspicaz, foi
a Comissão de Justiça, oferecendo duas emendas ao projeto, com a finalidade de
seu aprimoramento e encaixamento perfeito, às normas da clareza jurídica.
Foi uma coisa fácil, uma
colaboração eficiente e judiciosa, ao conteúdo original do projeto da
municipalidade, o que não aconteceu em ocasiões anteriores, quando outros
projetos foram recusados e devolvidos para reparos. Ficou provado, que é fácil
colaborar, quando existe vontade. Nesse caso, existiu muita. Além do mais,
intentos confessos e comprovados de colaborar com o aceleramento do progresso
da cidade.
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A edilidade realizou uma ação
digna de aplausos, porque soube entender em toda a sua profundidade, o alcance
do referido projeto de lei.
Sua aprovação, virá dar
condições ao Prefeito, bem como ao grupo Kobes, de dotar Marília da maior
Fiação de Seda da América Latina.
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Se se responsabiliza a
Câmara, quando por sua soberana decisão, pratica átos, que, parte do povo
reprova, é justo que se louve a edilidade, por todos os seus membros, pela
posição adotada, nesse projeto de lei, executando um trabalho pró Marília, pois
dessa sua ação, surgirá a consumação que garantirá a instalação da mencionada
indústria nipo-mariliense.
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O próprio parecer da Comissão
de Justiça, no projeto referido, representou uma obra da jurisprudência, se
considerarmos a importância do projeto. Se analizarmos os benéficos efeitos
futuros para o porvir mariliense.
O citado arrazoado, por si
só, esclareceu de forma clara uma decisiva e a margem de qualquer duvida, o
verdadeiro espirito e intenções da propositura originária.
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Como se não bastara, o
relator do parecer aludido, vereador Josué Francisco Camarinha, explanou da
tribuna, de maneira perfeita e com meridiana clareza, os efeitos e os
propósitos do projeto, os objetivos do mesmo, sua representação porvindoura e a
sequencia de benefícios, que do mesmo advirão, para Marília futura.
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Em que pese certa dificuldade
de transmissão do vernáculo pátrio, o vereador Hideharu Okagawa, pronunciou
oração sobre a questão, reforçando a explanação do relator, com um eficiente
oferecimento de cifras e dados, sobre o funcionamento da futura fiação de Seda.
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Ai está uma conquista de
Marília, em cujo labor se fez presente um trabalho de equipe, desde o grupo
Kobes, o grupo Zillo-Lorenzetti, o Governador Laudo Natel, o prefeito Pedro
Sola e a sacramentacão da Câmara Municipal.
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Desculpem os leitores, a
exteriorização deste euforismo sobre o fato.
É que aprendi a gostar muito
de Marília, lutar pelas suas causas e coisas, vibrar e ufanar-me de seu
dinamismo impar e de sua irrefreável febre de progresso.
Extraído do Correio de Marília de 1º de setembro de
1973
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