Pilulas políticas (13 de dezembro de 1973)



Um ilustre advogado mariliense, em palestra casual e amistosa com o escriba:

- Badra poderá ser o nosso candidato à deputado estadual. Ele aceitará se for convidado.

Disse-o pessoalmente a mim.

Arrematou:

- Se Biava não se interessa, Badra poderá ser o homem. Seu lastro de serviços por Marília é positivo, comprovado, insuspeito e irreversível.

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Um elemento pertencente a laboriosa colônia niponica de nossa cidade, confessou-se descontente com o trabalho legislador de Diogo Nomura. Admirador (confessou-o) da pessoa ilustre do ex-dentista mariliense, acabo sentindo decepção na eleição de Diogo, no que respeito diz, às causas marilienses.

Foi mais além, afirmando que no seu entender Diogo Nomura fez decrescer muito seu poderio eleioral em nossa cidade.

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Outro leitor, palestrando sobre nossa atual Câmara Municipal, rememorou Pedro Onichi como ex-vereador. De fato, Onichi foi um dos excelentes vereadores marilienses. Sóbrio, ponderado, trabalhador, apesar de dificuldades de pronúncia castiça do vernáculo pátrio, em suas falas na tribuna, só apresentou e emitiu opiniões fundamentadas.

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Continuo afirmando, sem receio de erro, que se Doretto pudesse ser lançado candidato à deputado pela Arena, sua eleição seria “barbada”, um macuco no bornal.

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A indecisão doutrinária mariliense, a ausência de uma decisão firme e capaz, na escolha, indicação, oficialização e homologação de um candidato único da cidade, vai cimentando cada vez mais a certeza de que Marília não irá eleger seu representante.

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O referido estado de coisas, involuntariamente, vai fortalecendo o colegiado eleitoral dos alienigenas.

Gente de proa da cidade, já confessou-me que votará e trabalhará por Dabus.

Isso, é apenas um exemplo.

Porque, Dabus, Dualibi, Agnaldo, Pinheiro e outros, já tem seus cabos eleitorais por aqui.

Até um ex-prefeito e um vereador em exercício, já trabalham por gente de fóra.

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Franciscato, como candidato à deputado federal, vai levar uma “jamanta” de votos marilienses.

Podem escrever.

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Ainda bem, que o Ressegue ainda não mandou trombetear, que vai instalar uma grande fiação de seda em Marília.

No passado, o expediente deu certo.

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Estão interpretando mal, uma lei recentemente votada pela Câmara. Pelo diploma legal, uma comissão de alto gabarito, vai selecionar e escolher radialistas e jornalistas que mais se destacaram, durante o ano, promovendo e divulgando Marília.

Tem gente entendendo, que a Câmara vai distribuir troféus para os profissionais de rádio e imprensa que trabalham na edilidade.

O conteúdo da lei não é esse.

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Um leitor lembra a viabilidade de Walter Rino vir a harmonizar a política local, sendo, candidato único de Marília.

Excelente idéia.

Rino, Nomura e Rangel, foram as três mais gratas revelações da política jovem de nossa Câmara Municipal.

Extraído do Correio de Marília de 13 de dezembro de 1973

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