Sola, Theobaldo e Archimedes (01 de fevereiro de 1977)



Quando, em 1972, Felipe Elias Miguel desistiu de sua candidatura a Prefeito e Pedro Sola o substituiu, deu este, uma prova de prestígio e de estima a Theobaldo, que era o candidato a vice-prefeito, na chapa de Felipe.

Tendo sido verificado a alteração de candidato, surgindo um outro nome, seria viável também, a substituição do nome remanescente. Todavia, Sola foi incisivo, advogando a permanência de Theobaldo junto a ele.

E ambos venceram as eleições.

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Sola surpreendeu com sua visão administrativa, seu espírito de luta, seu despreendimento e seu acendrado amor por Marília.

E, introduziu uma nova sistemática na administração municipal, dando incumbência ao vice-prefeito, que, desde o dia 4 de abril de 1929, até o último dia do segundo governo de Tatá, nada mais representava do que uma figura meramente decorativa.

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Sola e Theobaldo caminharam juntos durante quatro anos consecutivos e os dois deram o melhor de sí, para o progresso mariliense e o bem estar da coletividade.

Um à frente do Poder Executivo e outro à testa da Codemar, empresa que revolucionou o “modus operandi” do dinamismo em termos de pavimentação asfáltica entre nós. E que hoje é motivo de destaque, curiosidades, citações e aplausos fóra das fronteiras marilienses.

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A fidelidade recíproca de Sola e Theobaldo acabou por trazer benefícios inúmeros para Marília.

E quebrando o tabu, o prefeito conseguiu eleger seu candidato como seu sucessor.

Theobaldo é o prefeito que inicia hoje seu mandato, em substituição a Pedro Sola.

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Nossa saudação ao prefeito que nesta data começa seu trajeto administrativo.

Nossa gratidão ao prefeito que nesta data encerra sua gestão e que durante quatro anos foi um amante eterno de sua cidade, por ela trabalhando e fazendo-a crescer, dinamizar-se, projetar-se.

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São excelentes as perspectivas do porvir mariliense, sob a égide administrativa de Theobaldo de Oliveira Lyrio.

Theobaldo acompanhou Pedro Sola durante os quatro anos da profícua administração que hoje se encerra. Está, portanto, “por dentro” da engrenagem administrativa.

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Theobaldo é mariliense sem rabo de palha – o que é muito importante para quem exerce cargo público.

Filho de um ex-prefeito, que foi íntegro e honrado.

Inteligente e vivo.

Se, por um lado, disposto está a seguir os bons exemplos de Pedro Sola, é justo que se realce aqui o valor de um braço-direito, o vice-prefeito Archimedes De Grande. Archimedes, dentro de sua simplicidade aparente, armazena um cabedal imenso de conhecimentos sobre engenharia, planejamento e arquitetura.

Tudo isso soma-se a favor de Theobaldo.

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Há ainda um outro pormenor a ser também analisado e que trará benefícios para a administração. É o fato da permanência de muitos assessores, pois estes, estando a par do andamento da máquina administrativa, serão úteis ao prefeito Theobaldo.

O que não aconteceu em ocasiões passadas, quando todos os assessores foram nomeados de sopetão, sem siquer conhecer, em alguns casos, todas as dependências da Prefeitura.

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Dentro desses destaques, ao prefeito que sai e ao alcalde que entra, é justo que se recorde aqui, as palavras de Pedro Sola, no seu discurso de despedida e prestação de contas: “Ajudar, sim; atrapalhas, nunca”.

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Saudações, portanto, ao prefeito Theobaldo de Oliveira Lyrio e ao vice-prefeito Archimedes De Grande, com os auguros bem marileinses, de que possam e consigam desenvolver uma excelente administração municipal, em pról de Marília e para a felicidade geral de todos os marilienses, autênticos e genuínos.

Extraído do Correio de Marília de 01 de janeiro de 1977

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