Roubos e trânsito (06 de abril de 1974)



Crônica policial, ultimamente, muito fértil em dois tipos de notícias: roubos e trânsito.

Pequenos roubos acontecem na cidade, diária e diuturnamente. Mas o número não é real. Fica aquém das cifras positivas.

Fica porque muitas vítimas preferem amargar com ira interior e arcar com os prejuízos sofridos do que apresentar queixas à polícia.

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Acidentes, também, multiformes de pequenas ou grandes proporções. Com ferimentos, fraturas, escoriações e prejuízos materiais.

Fora as pequenas colisões, que os protagonistas acertam entre si, sem interferência ou providências da polícia.

Fora, ainda, as pancadas que muitos veículos sofrem, mesmo estacionados e que os seus proprietários não ficam sabendo como sucederam e nem quem foram os autores.

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Trânsito em Marília, aumentando diariamente, vem sendo agravado por uma boa dose de imprudência. Especialmente às noites de sábados e domingos, quando muitos motoristas transformam as vias públicas em pistas de corridas.

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A Avenida Santo Antônio, por exemplo, é um perigo, ali naquela baixada que termina na Rua Araraquara. Fittipaldis ali são muitos. De carros e de motocas. Dá até medo.

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Avenida Rio Branco, em quase toda a sua extensão e especialmente ali nas proximidades do Tênis Clube, chega a causar calafrios aos motoristas prudentes.

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A “esquina dos milagres” desenhou a apresentação de uma melhoria, depois do serviço especializado ter escrito o “pare” garrafal na Vicente Ferreira, ao chegar à Rua 9 de Julho. Mas foi somente uma tênue esperança. Aquilo já “avacalhou” outra vez e de cada 20 carros que por aquele trecho circulam, em direção Santa Casa-Yara, 17 ou 18 deles, cruzam a movimentada 9 de Julho, “de rabo erguido”. Os que sobem ou descem a mencionada artéria, que se cuidem.

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Nada custa ligar a seta de sinalização, quando se converge para a direita ou esquerda, mas poucos fazem isso.

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É proibido a formação de filas duplas em vias de dois sentidos de direção, mas existem folgados que param no meio da rua, para “bater papo” com outros amigos que se encontram no volante de outros veículos.

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Tem até um carro fúnebre que o motorista liga a seta direcional e “esquece”, confundindo todo mundo.

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Por vezes, um cidadão está dirigindo na cidade, sem correr, porque o limite máximo legal não permite que se ultrapasse a velocidade de 30 quilômetros no centro do perímetro urbano, quando este cidadão é alertado por veículo que vem atrás, com um businar insistente.

Quase sempre, quem está “pedindo” passagem, ou é motorista de táxi, ou é uma “chaufese”.

Como as mulheres gostam de businar carros. Papagaio!

Extraído do Correio de Marília de 06 de abril de 1974

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