Coisas que não dá para entender (05 de dezembro de 1974)
Há mais de um ano, o
noticiário oficial da Secretaria dos Transportes vem divulgando a humanização
total da Fepasa, melhora de vagões, retificação de trechos do leito e uma série
imensa de outras providências.
Mas o que o Sr. Paulo Salim
Maluf não sabe é que os serviços propriamente ditos da Fepasa, em relação ao
conforto do público, não apresentavam até aqui nenhuma melhoria digna de um
registro encomioso.
Isso, sem contar nos aborrecimentos
diuturnos que causam aos marilienses as famigeradas cancelas da ferrovia.
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A Brahma elevou os preços de
suas bebidas, antes da Antarctica fazê-lo. Mas para os consumidores tal medida
redundou em prejuízos, enquanto que para os comerciantes, traduziu-se em
maiores lucros.
Exemplificando:
Assim que os comerciantes
foram forçados a suspender o preço da cerveja Brahma, aproveitaram a deixa e
subiram também as cotações da cerveja Antarctica, mesmo antes desta ter elevado
o custo de seus produtos.
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Noite outra, o irriquieto
edil Ruy Garrido, falando da tribuna da Câmara Municipal, ao referir-se às
aguardadas e imprescindíveis obras de ampliação do Estádio, desceu a lenha na
administração, em defesa do esporte. Terça-feira (3/12/1974),
por iniciativa sua, aquilo que ele defendeu com ardor, ele mesmo contraditou de
maneira incoerente, invertendo a ordem dos trabalhos, com total prejuízo dos
interesses do próprio esporte, que ele havia defendido anteriormente com tanta
enfase.
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Comissão Municipal de
Trânsito divulgou esclarecimento de que veículos sem placas ou sem plaquetas
serão apreendidos.
Ocorre que no município
existem muitos veículos devidamente licenciados e emplacamos, sem a competente
plaqueta, porque esta ainda não veio. Veículos assim não poderão sofrer
apreensão, pois a culpa dos atrasos de chegadas das plaquetas não pode ser
atribuídas aos seus proprietários.
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Os constantes
desentendimentos na área política mariliense, envolvendo os Poderes Executivo e
Legislativo, só poderão trazer um nefasto resultado: prejuízos para Marília.
Parece haver ou gente com a cabeça fora do lugar ou interesses que não podem
ser disfarçadas e que só conseguem a classificação catalogada “contra Marília”.
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Se autoridades competentes
não puzerem o dedo sobre determinadas áreas do comércio especializado em
motivações natalinas, vão sair muitas tiras dos costados dos marilienses.
Já estão falando em 20 contos
o preço do quilo de carne de leitoa para o Natal e em 25 contos o custo de um
frango “caipira” para o mesmo período.
Isso sem contar com artigos
próprios, especialmente os importados.
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Nestes últimos tempos tem
sido muito elevado o índice de deterioração do leite vendido ao consumo público
na cidade.
Quiçá a onda de calor tenha
grande parte de responsabilidade, mas o certo é que muitos saquinhos do
precioso produto tem talhado no momento de suas fervuras.
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Comércio farmacêutico, sem
culpa alguma dos estabelecimentos locais, est;a dando mais pulos do que kangurú.
O assunto está a merecer atenções de autoridades da alta cúpula lá por
Brasília.
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